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Capital

Vítima de queimaduras na rodoviária mentiu sobre ataque de "playboys"

Médicos confirmaram que ferimentos haviam sido provocados por descarga elétrica

Clayton Neves | 16/07/2019 18:35
Crime aconteceu na antiga rodoviária (Foto: Arquivo)
Crime aconteceu na antiga rodoviária (Foto: Arquivo)

Investigação da Polícia Civil apontou que Cleber Miller Miguel da Silva, de 31 anos, mentiu ao dizer que havia sido vítima de atentado no último dia 11, em Campo Grande. Na ocasião, ele afirmou que havia sido atacado por jovens que atearam fogo em seu corpo durante briga, no entanto, inquérito apontou que o morador de rua foi atingido por descarga elétrica enquanto tentava furtar fios elétricos de um prédio no Centro.

“Toda investigação foi montada para encontrar o grupo de jovens que teria cometido o crime relatado, mas no decorrer os indícios nos fizeram constatar que ele mentiu", explica Daniella Kades, delegada responsável pelo caso.

De acordo com a delegada, equipe médica que atendeu Cleber confirmou que as queimaduras no corpo não haviam sido provocadas por produto inflamável e sim por choque elétrico. Ele teve queimaduras de segundo e terceiro grau. “Também analisamos o local onde tudo aconteceu e imagens de câmeras de segurança. Por fim, ele acabou confessando que mentiu”, explica.

Por causa da explosão provocada pelo curto-circuito, todo o prédio de onde o suspeito tentava tirar a fiação ficou sem energia elétrica e técnicos da Energisa tiveram que trabalhar para restabelecer o fornecimento. No local a polícia apreendeu uma faca usada para cortar os fios de cobre.

Ao ser informada sobre o caso, a Energisa registrou boletim de ocorrência de tentativa de furto contra o morador de rua. Agora, além de responder pelo crime contra a Energisa, Cleber será indiciado por falsa comunicação de crime.

Crime comum - Furto de energia são comuns na Capital e não são raros casos que terminam em tragédia. Na manhã desta terça-feira (16), Julian Estácio de Souza, de 33 anos, foi encontrado morto na calçada de uma fábrica de telhas desativada na Avenida Gury Marques. A suspeita é de que ele tenha sido eletrocutado ao tentar furtar fios de cobre.

A mãe da vítima reconheceu o corpo no Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) e afirmou que o filho era morador de rua.

“Isso é muito comum! Eles retiram o fio, queimam para derreter o plástico e vendem o cobre em ferros velhos. Mas não é algo lucrativo porque para render dinheiro é preciso muitos quilos”, afirma a delegada Daniella Kades.

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