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Capital

Voluntários descobrem se tomaram vacina ou placebo e já saem imunizados do HU

Quem participa da pesquisa é monitorado por um ano para verificar o alcance da imunidade produzida pelo imunizante

Lucia Morel e Marcos Rivany | 21/01/2021 21:25
Voluntário sendo imunizado com vacina contra a covid-19. (Foto: Paulo Francis)
Voluntário sendo imunizado com vacina contra a covid-19. (Foto: Paulo Francis)

Os voluntários da pesquisa da Coronavac em Mato Grosso do Sul começaram a descobrir hoje se tomaram a vacina ou o placebo. Foram cerca de 300 profissionais de saúde no Estado fazendo parte dos testes, que ainda seguem. A meta era que entre 800 e 1.000 pessoas participassem, o que ainda não foi alcançado.

Mas ainda é possível se voluntariar aqui, como fez a médica pediatra Maria Cristina Galvão Pelegrino, de 63 anos. Ela atua na Santa Casa e foi hoje ao Hospital Universitário para receber a primeira dose para os testes. “Estou feliz de fazer parte, porque esse medicamento é uma luz no fim do túnel”, comentou, dizendo estar contente também em poder ajudar nos estudos.

Maria Cristina sendo vacinada. (Foto: Paulo Francis)
Maria Cristina sendo vacinada. (Foto: Paulo Francis)

Feliz da vida ficou o enfermeiro Rafael Marafom, que atua na área há 17 anos e nunca vivenciou uma situação tão extrema profissionalmente como agora, na pandemia. Ele descobriu que já está imunizado e foi um dos 150 voluntários a receberem a vacina de fato. “É gratificante saber que a gente teve uma pequena contribuição nesse processo todo”.

Para a fisioterapeuta Mari Losano, a reposta foi negativa, ou seja, ela tomou o placebo, mas nem por isso ficou menos feliz, já que cada voluntário que quebra o "termo de cegamento" e passa a saber que produto recebeu, vai sair imunizado. A vacina é aplicada lá mesmo, no HU.

“A gente viveu um momento muito difícil dentro da UTI Covid.  A expectativa daquele momento de estar lidando com alguma coisa que você não conhece foi muito difícil pra todos nós. A possibilidade de participar de um projeto desse foi meio que uma luz mesmo no fim do túnel”, sustentou.

Infectologista Ana Lúcia Lyrio. (Foto: Paulo Francis)
Infectologista Ana Lúcia Lyrio. (Foto: Paulo Francis)

Testes – Os testes continuam e conforme a responsável pela pesquisa em Mato Grosso do Sul, a infectologista Ana Lúcia Lyrio, os voluntários que já aderiram ou que ainda vão ser incluídos na pesquisa são acompanhados por um ano. “É importante a pessoa ficar em monitoramento pra saber por quanto tempos esses anticorpos ficarão ativos”, detalha.

Uma das vantagens de participar dos testes é que mesmo quem recebeu o placebo será imunizado. “Com isso tem a vantagem de diminuir o número de covid nos locais onde esse voluntários trabalham, já que eles foram vacinados”, avalia.

Lyrio ressalta a segurança que há nas vacinas fabricadas com o vírus inativado das doenças, que é o caso da Coronavac. Para ela, deixar de tomar a vacina é deixar de proteger a si mesmo e aos outros.

“Nós que trabalhamos nessa área sabemos que vacina por vírus inativado é muito segura. É absurdo a pessoa ter medo de tomar essa vacina, sendo que a pessoa toma vacina desde quando é criança. Porque vacina como essa é segura há mais de 50 anos. Não tem porque ter medo de tomar essa vacina. Simplesmente não é racional”, ressalta.

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