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Cidades

"Cara feia é só a porta, o atendimento é em excelência", diz diretor do HU

Nadyenka Castro | 10/09/2012 08:46

Ele explica que muitos que têm convênio procuram o SUS quando o tratamento é para doenças infectológicas, principalmente

José Carlos Dorsa, diretor-geral do HU, fala sobre situações que prejudicam antendimento. (Foto: Simão Nogueira)
José Carlos Dorsa, diretor-geral do HU, fala sobre situações que prejudicam antendimento. (Foto: Simão Nogueira)

Diretor-geral do Hospital Universitário de Campo Grande, José Carlos Dorsa Vieira, afirma que o SUS (Sistema Único de Saúde) tem a porta feia, mas, atendimento é de excelência e que para melhorar o sistema público de saúde é necessário investimento, melhor gestão e mudança cultural para reduzir violência urbana e algumas doenças.

O médico explica que as pessoas têm vivido mais e sem a devida prevenção a algumas doenças e o sistema público não se preparou para essa situação. Isso resulta na grande procura por atendimento por causa de problemas pulmonares, cardíacos e diabetes. “Há 30 anos era a mortalidade infantil e as doenças infectológicas. Não foi possível preparar para a mudança de epidemiologia”. Ele continua. “Principalmente número de leitos, equipamentos e avanço tecnológico”.

De acordo com o diretor, tem famílias que não aceitam o paciente mais velho em tratamento em casa e acaba levando de volta para o hospital, ocupando leitos que poderiam estar sendo utilizados com outras pessoas que precisam mais. “A família nãi quer cuidar em casa”.

Outra situação crítica apontada por Dorsa, que sobrecarrega o atendimento na rede pública, é a violência urbana. “É necessário mudar a estrutura cultural”. “O trauma urbana reflete em todos os hospitais. Sobrecarrega qualquer planejamento”.

O diretor do HU explica que o horário mais crítico em relação à violência urbana é na madrugada, com muitos pacientes em estado de embriaguez. E esta situação, conforme ele, afeta todo o sistema. “Afeta a sociedade, afeta tudo que está envolvido. É preciso mudança no aspecto educativo e cultural para mudar isso”, avalia.

Em relação à gestão, para Dorsa é preciso “gestão clínica mais adequada”. “Precisa melhorar o gerenciamento. Falta distribuição adequada”.

No entanto, apesar dessas situações que prejudicam o atendimento em todos os níveis, “grande parcela de quem tem convênio acaba parando no SUS”, porque muitos planos de saúde não oferecem cobertura para determinados tipos de tratamento ou então colocam tanta burocracia para autorizar procedimentos, que a pessoa se cansa e vai para a rede pública.

“Cara feia é só a porta. A pessoa sai do convênio, volta para o SUS e tem atendimento em excelência”, afirma Dorsa, explicando que o Hospital Universitário é referência em tratamento para doenças infectológicas, em reumatologia e exclusivo em dermatologia.

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