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Cidades

Cigcoe começa a usar arma com onda paralisante na 4ª

Redação | 22/03/2010 17:10

A Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) irá iniciar o uso das pistolas Taser, emissora de ondas que paralisam, nesta quarta-feira (24).

Teve início hoje o treinamento para habilitar 30 policiais da Companhia a manusearem o equipamento, adquirido no início deste ano. O trabalho é ministrado pela empresa Seguritec e termina amanhã. A partir daí os policiais começarão a utilizar a pistola.

O uso da tecnologia, que tem como objetivo diminuir o número de feridos e o uso das armas de fogo durante as operações, já é estudado desde 2005. O Estado adquiriu 30 armas.

Cada pistola funciona com oito pilhas recarregáveis. Elas emitem ondas que paralisam a musculatura e se assemelham aos estímulos do cérebro. Quando usadas, interrompem os movimentos por alguns segundos.

"Isso aqui não é uma máquina de choque", ressalta o Major da Cigcoe, Silva Neto. Para provar, ele coloca a chave de uma algema no fio condutor que sai da pistola. O resultado é que não há nenhuma interferência ou sensação quando se segura o material.

O teste é feito para garantir que pessoas com problemas cardíacos ou que usam marcapasso não terão complicações na saúde por conta do uso.

As ondas devem ser aplicadas nos braços, pernas e no abdômen. Não é recomendado disparar o dardo sobre o rosto para não causar lesão com o impacto. Silva Neto explica que seu uso será feito como um "degrau" entre o comando de voz do policial e o uso da arma.

Caso o suspeito apresente resistência, o policial poderá emitir o dardo que é disparado e emite um estímulo de uma onda chamada de T, que paralisa os músculos.

Diretor executivo da empresa que distribui as armas, a Seguritec, do Rio Grande do Sul, Elton Clemente Júnior explica que em Santa Catarina e no Paraná, por exemplo, o equipamento já foi utilizado em cerca de 70 situações. "Foram poupadas algumas vidas e muitos ferimentos", aponta.

Cada uma das armas custa cerca de 700 dólares. A pistola conta com uma entrada USB que permite descarregar seu histórico, contendo informações de quando e por quanto tempo foi usada.

De acordo com a Polícia, cada um dos policiais treinados ficará responsável por uma arma. Se houver reclamações quanto ao uso excessivo, será possível apurar se isso realmente ocorreu.

Situações - No curso ministrado pela empresa, são esclarecidos detalhes sobre quando se deve usar a arma. De acordo com o major que acompanhou os trabalhos, o curso foi ministrado apenas para esclarecer dúvidas.

Entre elas, se a pistola pode ser usada na água, o que não acarreta problemas. Já quando o suspeito está conduzindo um veículo, seu uso não é recomendado para não causar acidentes.

Quando a pessoa está com um revólver, o policial deverá avaliar se o dedo já está no gatilho, antes de disparar o dardo.

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