Cinco presídios federais estarão concluídos até 2010
O Brasil contará, até 2010, com cinco presídios federais nos moldes da unidade construída na saída para Sidrolândia, em Campo Grande, informou ao Campo Grande News o diretor do Depen (Departamento Nacional do Sistema Penitenciário), Wilson Damázio.
Ainda está em andamento outro projeto no Centro-Oeste "A previsão é que a penitenciária de Brasília seja entregue até o fim do próximo ano", explica.
A promessa do governo era concluir todos no primeiro mandato do presidente Lula, que terminou em 2006.
Os presídios de Campo Grande, Catanduvas (PR) e Porto Velho (RO) estão em funcionamento. Já a penitenciária de Mossoró (RN), deve ser ativada ainda este ano e poderá receber parte dos líderes dos ataques ao Morro dos Macacos, no Rio Janeiro.
Atualmente, dez presos suspeitos de envolvimento nas ações estão em Campo Grande. Em reunião com o prefeito Nelsinho Trad na semana passada em Brasília, o Depen garantiu que a previsão é que em até 60 dias sejam redistribuídos para essa nova unidade.
Emperrado - Matéria publicada pelo jornal O Globo, revela que essa divisão poderia ser facilmente viabilizada se vingassem projetos de ampliação do sistema penitenciário em outros estados.
Segundo o jornal, pelo menos R$ 460 milhões destinados pelo governo federal para a construção e a reforma de presídios estão parados nas contas bancárias de 24 estados e do Distrito Federal.
Relatório da Caixa Econômica Federal aponta que os projetos que deveriam ser financiados com esses recursos estão embargados por pendências nas licitações, entraves ambientais e falhas de engenharia, entre outros problemas.
Em alguns casos, o dinheiro está nas contas desde 2004, e os projetos não saem do papel há quatro ou cinco anos.
A Bahia, que tem um dos piores sistemas, é o Estado com o maior volume de recursos sem movimentação. O governo mantém em conta R$ 44,7 milhões reservados para a construção de penitenciárias em Vitória da Conquista, Barreiras e em Salvador.
Na Bahia, existem 15 mil detentos, 6 mil deles amontoados em delegacias, segundo dados do CNPC (Conselho Nacional de Política Criminal).
