Clima é de tensão em protesto na 262 e PM pode intervir
O clima é de tensão na BR-262, onde índios terenas realizam um protesto próximo ao distrito de Taunay. De acordo com a PRF, que também monitora um bloqueio de indígenas na BR-163, o local da interdição fica próximo à aldeia e há temor de confusão devido à ingestão de bebida alcoólica por parte dos indígenas.
Enquanto na BR-163, os índios fizeram acordo para liberar ao menos um sentido da pista por 45 minutos a cada duas horas de interdição, os manifestantes se mostram irredutíveis na BR-262.
Conforme o superintendente da PRF, Valter Favaro, se os índios não concordarem em permitir o trânsito na BR-262, o caso será repassado à PM (Polícia Militar). "Vou entregar [o caso] para o governador", afirma Favaro.
Já na BR-163, os índios aguardam a presença de um procurador da República. De acordo com Favaro, não será permitido envio de água ou alimentação para os indígenas. A Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) permanece de prontidão na BR-163.
De acordo com o cacique Basílio Jorge, da aldeia Lagoinha, o objetivo dos protestos é acelerar a demarcação da aldeia Buriti. Segundo ele, 4.600 indígenas ocupam 2.400 hectares. A intenção é ampliar a área para 15 mil hectares.
Acordo - Na 163,a interdição acontece a 6 km do trevo na saída para Cuiabá. No local, a PRF orienta que os veículos pequenos façam um desvio por dentro do bairro Nova Lima. No trajeto, o motorista tem acesso a uma estrada municipal e volta a BR-163 na altura do km 510.
Já para os caminhoneiros, a orientação é que eles parem próximo a locais com banheiro e água. Durante a manhã, após acordo, o tráfego foi liberado por 45 minutos, no sentido Jaraguari a Campo Grande.
Sem acordo - Na 262, o bloqueio ocorre a 55 km de Aquidauana. No local, há indios de seis aldeias: Ipegue, Bananal, Água Branca, Morrinhos, Ibirussu e Lagoinha. No local, há desentendimento entre as lideranças indígenas.