ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 24º

Cidades

CNJ cria comissão para equacionar conflito por terras indígenas em MS

Marta Ferreira | 27/05/2011 12:01
Seminário realizado pelo CNJ em Dourados definiu criação de comissão. (Foto: Divulgação)
Seminário realizado pelo CNJ em Dourados definiu criação de comissão. (Foto: Divulgação)

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decidiu criar uma comissão para solucionar o conflito fundiário entre índios e produtores rurais na região de Dourados. A comissão será composta por indígenas, produtores rurais, Ministério Público Federal, Advocacia-Geral da União, Funai (Fundação Nacional do Índio) e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

A criação da comissão atende do CDDPH (Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), afirmou Christiana Freitas, coordenadora-geral do Conselho, que representou a ministra Maria do Rosário no seminário “Questões Fundiárias em Dourados”, promovido pelo CNJ. A região concentra conflitos por terras que duram décadas e já provocaram até mortes e um clima de tensão permanente entre índios e fazendeiros.

A comissão será instalada o mais rápido possível, informou o juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Marcelo Martins Berthe, coordenador do Fórum de Assuntos Fundiários, disse que a comissão será implantada o mais breve possível. “Temos esperança de, no prazo mais curto possível, pelo menos diminuir um pouco o sofrimento do povo indígena e a insegurança dos produtores rurais”, disse.

Segungo o CNJ divugou, os integrantes da comissão vão analisar todos os pontos levantados durante o seminário, entre eles a possibilidade de estabelecer uma nova política indigenista para o Brasil.

Durante os debates, indígenas, produtores, especialistas e autoridades públicas reclamaram da falta de política pública para as populações indígenas. A conclusão é de que o modelo adotado até hoje de demarcação de reservas não soluciona o problema dos índios, que precisam ter condições de produzir e de obter renda para viver com dignidade.

O seminário foi encerrado como um ritual religioso. “É uma reza para resolver um problema de 500 anos”, informou o cacique Anastácio Peralta. “Nosso país não é feito só de soja. É feito de pessoas”, encerrou.

Nos siga no Google Notícias