Com investimentos de R$ 1 bi, Sanesul renova concessão em 40 cidades
Em 1996, ao completar 17 anos, a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) entrou em um período de crise que se prolongaria por dez anos. A empresa, que hoje detém a concessão do serviço em 68 dos 79 municípios do Estado, não conseguiu renovar o contrato na Capital, perdeu a capacidade de investimentos e precisou enxugar o quadro de funcionários. A Sanesul operava no vermelho, com déficit que chegou a R$ 2 milhões por mês.
Em 2007, veio a reviravolta: de lá para cá, já investiu R$ 840 milhões no Estado – 52% em recursos próprios, o restante de verba federal, além de empregar 2 mil trabalhadores, incluindo prestadores de serviços. A meta é encerrar 2014 com R$ 1 bilhão.
Assim, a empresa completa 35 anos, recuperada economicamente. Prova disso são os 40 municípios que já renovaram o contrato com a empresa, que tem vigência por 30 anos. Ao cobrir 68 municípios, a concessionária cuida da coleta e tratamento de água e esgoto de 1,5 milhões de pessoas.
O empenho da gestão em conjunto com a iniciativa do governo estadual de tratar o saneamento básico como investimento primordial para a qualidade de vida da população transformou a concessionária em uma das mais eficientes do Brasil no ramo em que atua.
“Foram tempos difíceis, em que tínhamos como desafio não permitir que os funcionários deixassem cair a peteca, deixassem de vestir a camisa da empresa. Foi o esforço do time como um todo, e o apoio da gestão do governador André Puccinelli (PMDB), desde o primeiro dia à frente do Estado, que permitiu que chegássemos aonde estamos”, disse o presidente da Sanesul, José Carlos Barbosa, durante o evento de comemoração do aniversário da concessionária.
A vida na Sanesul – Quem acompanhou os altos e baixos da Sanesul sabe como foram os esforços para a concessionária atingir recuperar-se financeiramente. Funcionário há 40 anos, dos tempos de Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgosto) – que virou Sanemat e, com a divisão do Estado, se tornou a Sanesul - o técnico em hidrometria Eduardo Araújo lembra com pesar dos dez anos de crise da empresa.
“Quando perdemos Campo Grande, por exemplo, foi muito dolorido. Mesmo naqueles dias difíceis, a empresa investia na formação de cada um dos funcionários e, de repente, ver tudo desmoronando não foi fácil”, afirma ele, que 26 cursos de qualificação, todos por intermédio da Sanesul. “Hoje, eu olho e vejo como ela se reergueu, e sinto orgulho, minha vida foi aqui. Quero passar tudo que aprendi para meus sucessores e ver cada vez mais sucesso”.
Por outro lado, quem chegou agora, com a empresa operando a pleno vapor, só vê boa perspectivas para o futuro. “Quero aproveitar ao máximo a oportunidade de começar em um emprego onde posso crescer profissionalmente. É entrar com o pé direito no mercado de trabalho”, acredita a menor aprendiz Juliana Mathias, 16 anos, uma das integrantes do programa primeiro emprego, parceria entre a Sanesul e a Seleta.
