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Cidades

Comitê do governo avalia contratos suspeitos e aguarda Justiça

Aline dos Santos e Leonardo Rocha | 28/06/2016 12:51
"Tem que ter muito cuidado antes de abrir sindicância”, diz Mattos. (Foto: Alcides Neto)
"Tem que ter muito cuidado antes de abrir sindicância”, diz Mattos. (Foto: Alcides Neto)

O Comitê Estadual Temporário de Apuração de Denúncias, criado pelo governo para investigar as denúncias da operação Lama Asfáltica, fez levantamento dos contratos sob suspeita e há dez dias aguarda resposta da Justiça Federal sobre o pedido de compartilhamento de provas.

De acordo com o coordenador do comitê, Felipe Mattos, o trabalho é diário e já avançou. “Fizemos levantamento de todos os contratos de empresas denunciadas. E na sexta-feira terá uma nova reunião”, afirma.

Os levantamentos foram em contratos da SED (Secretaria Estadual de Educação) e Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). Uma outra ação do comitê são os processos disciplinares contra servidores denunciados. “Não queremos expor ninguém. Tem que ter muito cuidado antes de abrir sindicância”, diz Mattos.

Já são alvos de processo administrativo os servidores Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano (ex-deputado estadual); e Hélio Yudi Komiyama, lotados na Agesul. “Os processos estão em andamento e a conclusão vai ser no final”, afirma. O desfecho pode ser advertência, suspensão, demissão ou arquivamento.

O comitê apura as denúncias de desvio de dinheiro público em obras, principalmente rodovias, e contratos de livros didáticos. As suspeitas surgiram com as duas fases da operação Lama Asfáltica, que aponta prejuízo de R$ 44 milhões aos cofres públicos. A primeira fase foi realizada em 9 de julho de 2015.

A segunda etapa, batizada de Fazendas da Lama, foi deflagrada em 10 de maio deste ano, com foco em crime de lavagem de dinheiro. O alvo é um esquema de superfaturamento envolvendo empresas, servidores estaduais e parte da cúpula da ex-gestão estadual.

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