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Cidades

Confinamento de 22h em presídio é criticado por deputada

Redação | 29/10/2009 22:59

Durou cerca de quatro horas e meia a visita dos deputados federais Marina Maggessi (PPS/RJ) e William Woo (PSDB/SP) ao Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande na tarde de hoje. Os parlamentares integram a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados e já estiveram no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, quando vistoriaram as estruturas e conversaram com internos.

Marina criticou o confinamento de 22 horas a que os presos são submetidos no presídio da Capital e disse que é uma medida muito exacerbada. Segundo ela, é muita punição apenas duas horas de banho de sol.

Durante a visita que fez, a deputada conversou com os principais presos que compõem o Comando Vermelho. Na oitiva, Marina fez questão de se encontrar com Fernandinho Beira-Mar.

"O Beira-Mar é ícone que foi fabricado, não tem nada a ver com o Comando Vermelho, é um grande traficante a nível de atacado. Ele é uma pessoa articulada e fica bem adaptado em qualquer lugar".

As pessoas, de acordo com a deputada, tem uma visão diferente do que acontece realmente dentro de um presídio. "Muitos imaginam que os presos comandam o crime aqui fora, mas isso é um equívoco. Eles estão separados da realidade, não existe intervenção da parte deles", argumenta.

Marina elogiou a postura do juiz titular da 5ª Vara Federal de Campo Grande, Dalton Igor Kita Conrado, que acompanhou a visita. "Os presos tem muito respeito por ele. Durante a visita ele anotou os nomes de todos que cumprem o semi-aberto para averiguar cada caso".

Segundo a deputada, apenas cinco presos foram ouvidos, dentre eles Beira-Mar; Cássio Monteiro das Neves, o "Cássio da Mangueira"; Fábio Pinto dos Santos, o "Fabinho São João" e Jorge Alexandre Candido Maria, o "Sombra".

"Constatei que o presídio em Campo Grande é sensacional, de primeiro mundo. Quero me encontrar logo com o ministro da justiça para apresentar o relatório", explicou a deputada, se referindo ao encontro que terá com Tarso Genro nos próximos dias.

Na opinião de Marina, um aspecto positivo no presídio da Capital é a presença de agentes jovens, "totalmente sem a contaminação daquele vício carcereiro".

"Nenhum dos presos me falou que é torturado, o problema está na politicagem que existe nos presídios, tem muita política por trás de tudo".

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