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Cidades

Corrida da Paz reúne público de 3 mil na Capital

Redação | 21/02/2010 10:17

A primeira edição da Corrida da Paz aberta também para civis reuniu público de três mil pessoas no Parque das Nações Indígena, em Campo Grande, nesta manhã.

Apesar da presença de civis não ter sido muito expressiva, quem foi aprovou o evento e pede que iniciativas como essa sejam levadas para os bairros da Capital, para que o esporte seja usado como forma de promover a paz.

Na competição, os três primeiros lugares ficaram com um militar e com um civil de Ponta Porã e outro da Capital. Todos os que concluíram o trajeto de 5km receberam medalha. Além da corrida, foram oferecidas no parque uma série de atividades e demonstrações do trabalho realizado pela corporação.

Estavam previstas atividades até às 13h, incluindo saltos de pára-quedistas, rapel de helicóptero, exibição de lutas e de cães de guerra, passeio a cavalo e sorteio de prêmios.

A iniciativa é uma forma de promover a integração do trabalho militar com a sociedade, esclarece um dos participantes da corrida, sub-tenente Jardelmo Pereira Caetano, de 41 anos.

Ele participou da prova e acredita que ela seja uma forma de exercer a cidadania pela paz. Para o militar, esse tipo de competição é uma forma de combater a violência. "O esporte é inserido em escolas de países mais desenvolvidos, por exemplo, para que a pessoa possa extravasar o que ela sente, o que ela pensa", diz.

A prova teve participantes de várias idades. Yan Trindade, de 9 anos, mostra com orgulho a medalha de quem conseguiu completar o percurso. "O meu pai correu e eu comecei a andar, porque fiquei muito cansado", detalha.

Para o garoto, cujo pai trabalha na iniciativa privada, o evento foi uma oportunidade de ter contato com o trabalho do Exército. "Estou achando muito legal", garante.

A dona-de-casa Selma Pereira Lacerda, de 41 anos, soube do evento por meio de propaganda na televisão e decidiu ir ao parque com a família. "Acho que isso incentiva as pessoas e pode ajudar no combate à violência", pontua.

Moradora do Jardim Guanabara, ela conta que o bairro não tem muitas opções de lazer. Para ela, eventos como o de hoje deveriam se espalhar pelos bairros da Capital. "Iria ocupar a cabeça dos jovens e diminuir a criminalidade", acredita.

Pela Paz - Atleta há 20 anos, Maria Cesca, de 56 anos, fez a prova e aposta no esporte como forma de combate à violência. Para ela, a competição tem o poder de mudar hábitos e a vida dos jovens, e deveria ser levada para a periferia.

"Se você está em uma competição pela paz, tudo está em paz, longe das drogas e da violência. A competição é o que tira o povo da rua", diz.

Para ela, jovens que passam a noite consumindo bebidas alcoólicas dormiriam cedo e teriam hábitos mais saudáveis se praticassem esportes.

Adesão - O tenente André Luís Vieira, que veio do Rio de Janeiro com a família neste ano, estranhou a pouca participação de civis no evento. "Lá costuma ter mais civis participando desse tipo de atividade", revela.

Esposa de militar, Daiane Mays, de 18 anos, observa a dificuldade de acesso da população da periferia ao Parque das Nações. "Tem muita gente que não participa porque é um lugar bastante longe", destaca.

Ela avalia que o evento serve para que as pessoas aproximem-se dos militares. "

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