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Cidades

CRP censura publicamente psicóloga envolvida em aborto

Redação | 09/04/2009 13:19

O CRP (Conselho Regional de Psicologia) fez uma censura pública à psicóloga Simone Aparecida Cantagessi de Souza. Segundo a nota, publicada hoje no jonral Correio do Estado, ela "atuava em uma clínica de planejamento familiar que, na realidade, funcionava para a prática de aborto, onde ela era responsável pela orientação das pacientes que quisessem se submeter a tal procedimento".

Simone trabalhava na clínica de Neide Mota Machado, que será julgada por realizar abortos, caso de repercussão nacional que mobiliza entidades contra e a favor da prática.

Em agosto do ano passado, o juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos, determinou que Neide Mota, Simone Aparecida e mais três pessoas irão a júri popular por autoria de aborto.

Além das duas, o juiz julgou existirem indícios da participação em abortos das auxiliares de enfermagem Libertina de Jesus Centurion, Maria Nelma de Souza, Rosângela de Almeida.

Em novembro passado, ele também determinou o arquivamento de 7.698 mil fichas com nomes de mulheres que foram atendidas pela médica Neide Motta. Com a decisão, as pessoas citadas nos cadastros não serão investigadas.

Desse total, 7.215 fichas apresentavam indicação de crimes de aborto, mas já prescritos. Essas fichas, agora arquivadas, são de mulheres que passaram pelo consultório até julho de 2000. Os documentos foram apreendidos, após o fechamento da Clínica de Planejamento Familiar, que na verdade funcionava como clínica de aborto.

O restante, 483 fichas referentes aos anos de 2000 e 2001, não apresentou dados que justificassem a abertura de inquérito policial.

Também escaparam da investigação, mulheres e homens menores de 21, atendidos após essa data, até o mês de julho de 2004 e com indícios de envolvimento nesse tipo de crime.

O trabalho de triagem dos cadastros foi feito pela delegada Regina Márcia Mota, que depois passou por avaliação do promotor Paulo César dos Passos, que defendeu o arquivamento.

Desde o início das investigações, em 2007, cerca de 10 mil atendimentos feitos por Neide Motta foram levantados pela Polícia. Por enquanto, 150 mulheres foram indiciadas, destas 40 fecharam acordo para penas alternativas, com a prestação serviços em creches. A previsão é de o total de indiciamentos supere o número de mil

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