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Cidades

Depois da epidemia de dengue, é a vez da gripe, saiba como se prevenir

Nícholas Vasconcelos | 15/04/2013 08:15
Meta é imunizar 80% da população alvo no País (Foto: João Carrigó/Arquivo)
Meta é imunizar 80% da população alvo no País (Foto: João Carrigó/Arquivo)

Enquanto Campo Grande e Mato Grosso do Sul ainda enfrentam uma epidemia de dengue, com 80.718 casos até a semana passada, chega a hora de evitar que a gripe se torne um problema de saúde neste inverno. Começa nesta segunda-feira (15), a 15ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza que este ano tem o objetivo de imunizar 430.876 pessoas do total 538.596 no Estado, segundo a Secretaria Estadual e o Ministério da Saúde.

Ainda vista com desconfiança por algumas pessoas, como os idosos, a vacina é apontada como o método mais eficaz de prevenção a gripe, doença que se torna comum no Outono e Inverno. Nesses períodos as temperaturas caem e as pessoas ficam mais tempo em espaços fechados.

A infectologista Haydee do Valle Pereira lembra que quando a pessoa gripada espirra, espalha o vírus pelo ambiente e por isso é importante colocar a mão no rosto para impedir a disseminação da doença.

No entanto, engana-se quem pensa que só o espirro pode causar a doença. “O aperto de mão também pode transmitir, algum objeto compartilhado em que a pessoa pegou depois de espirrar”, alerta.

A vacina oferecida este ano é feita a partir dos três tipos de gripe mais comuns registrados no inverno de 2012: o A/H1N1; A/H3N2 e influenza B.

“A cada ano é produzido um tipo de diferente porque o vírus da gripe sofre muita mutação”, daí a necessidade de comparecer aos pontos de vacinação a cada campanha. Em 2013, a Campanha será realizada até o dia 26 abril, com a mobilização nacional no sábado (20).

Receberão a injeção os portadores de doenças crônicas e as mulheres até 45 dias após o parto. O Ministério da Saúde considera como crônicas as doenças respiratórias, renal, fígado, neurológica, diabetes, transplantados e obesos, no entanto é necessário apresentar a prescrição médica durante a campanha.

Indígenas, idosos, trabalhadores da área de saúde, crianças com seis meses a menores de dois anos também receberão a dose da vacina.

“O ideal seria que todo mundo tomasse, mas esses são o público alvo definido pelo Ministério”, explica a infectologista.
Entre as pessoas que recebem a imunização, podem ocorrer reações como dor no ponto da aplicação da injeção e febre, mas que duram no máximo 48 horas. “Há quem diga que ficou doente depois da vacina, o que ocorre é que o vírus estava incubado na pessoa e coincidiu com a vacinação”, esclarece Haydee.

Em geral, o vírus pode permanecer incubado na pessoa por até sete dias e a vacina começa a fazer efeito após 14 dias.

Quem não pode tomar a vacina, por ter alergia ao ovo, ou ficou de fora da campanha pode ser proteger com atitudes simples como cobrir o rosto ao espirrar, evitar aglomerações e sempre lavar as mãos.

A especialista lembra que em um mundo com voos internacionais mais comuns é preciso ficar alerta para sintomas de gripe logo após viagens ao exterior. Na China a gripe H7N9 já contaminou 61 pessoas, matando 14 delas. “No mundo globalizado sempre temos de ficar atentos aos novos tipos de vírus”, lembrou.

(Matéria editada às 09h40 para inclusão de informação)

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