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Cidades

Dom Dimas cita 6 cardeais para sucessão papal, mas não revela preferido

Josemil Rocha e Viviane Oliveira | 11/02/2013 15:55
Dom Dimas cita 6 cardeais para sucessão papal, mas não revela preferido

Dentre os brasileiros habilitados para a sucessão do Papa Bento XVI estão seis cardeais, conforme informou hoje, em entrevista coletiva, o arcebispo metropolitano de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa. Bento XVI deixa o papado no dia 28 de fevereiro e já em 1º de março deve haver convocação do conclave de cardeais para eleição do novo papa. "Todos que podem votar podem ser eleitos, desde que tenha até 80 anos", explicou o líder católico de Mato Grosso do Sul.

Há possibilidade de o novo papa, na avaliação de Dom Dimas, ser um latino ou um africano, em razão de os países latinos e africanos representarem as regiões do mundo de maiores contingentes católicos.

Dom Dimas informou que, na cota latina, seis cardeais brasileiros têm chances de suceder o papa Bento XVI: Dom João Braz de Aviz, que hoje está em Roma, de 64 anos; Dom Raimundo Damaceno Assis, de Aparecida, de 76 anos; Dom Odilo Pedro Scherer, que está em São Paulo, de 63 anos; Dom Claudio Hummes, emérito de São Paulo, de 78 anos; Dom Euzébio Oscar Scheid (1932), emérito no Rio de Janeiro, de 80 anos; e Geraldo Majella Agnelo, de Salvador, de 79 anos. Sheid está no limite da idade.

Indagado se Dom Odílio seria o preferido para ser Papa dentros os cadeais brasileiros, Dom Dimas respondeu: "Com certeza os paulistas torcem por Dom Odílio, e como é de São Paulo tem mais visibilidade". Considera, porém, que Dom João Braz tem a vantagem de estar em Roma.

Na última lista do Vaticano, atualizada há duas semanas, há um total de 119 cardeais aptos a votar no conclave. Para poder participar da escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas três deles já ultrapassaram a idade limite.

O líder religioso de Mato Grosso do Sul optou por não manifestar preferência entre os cardeais brasileiros. "Não ousaria dizer um nome", afirmou ele, alegando que tem boa relação com todos. "Por Dom Eusebio tenho amizade, Dom Odílio corrigiu um capítulo de minha tese, e cheguei a morar com D. João", citou Dom Dimas.

Para ele, o novo papa tem de ter abertura para o diálogo, discernimento e bons especialistas para assessorá-lo. Também defendeu continuidade de projetos. "Uma das coisas mais importantes é que quando um Papa sai, o que vem deve fortalecer o que vinha sendo feito e não destruir", pregou.

Com a renúncia, Bento XVI voltará a ser bispo, segundo Dom Dimas, e continuará sendo sustentado pela Igreja Católica. "Vai continuar servindo a Deus com oração e penitência", declarou. Sobre o legado de Bento XVI,  o líder religioso de MS destacou o fato de ele não ter medo de chamar os intelectuais para o debate. "Um dos primeiros a ser citados por Bento 16 foi Nitsh, que fala que 'Deus morreu'", lembrou Dimas Lara.

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