Em liberdade, Bruno diz que prisão perpétua não traria vítima de volta
Na primeira entrevista após deixar o presídio, o ex-goleiro Bruno Fernandes, condenado pela morte de Eliza Samudio, disse que prisão perpétua não traz a vítima de volta.
“Independente (sic) do tempo que eu fiquei também, eu queria deixar bem claro, se eu ficasse lá, tivesse prisão perpétua, por exemplo, no Brasil... não ia trazer a vítima de volta”, afirmou o ex-goleiro à TV Globo Minas.
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Ele avalia que pagou pelo que cometeu. “Paguei, paguei caro, não foi fácil. Eu não apagaria nada. Isso serve pra mim de experiência, serve como aprendizado e não como punição”, diz.
Eliza Samudio desapareceu em 2010. À época, a jovem buscava na Justiça que o então goleiro do Flamengo reconhecesse a paternidade de seu filho. Atualmente, o menino mora em Campo Grande com a avó.
Em 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo homicídio triplamente qualificado da ex-amante. No entanto, ele foi solto ontem (dia 24) por decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), que concedeu habeas corpus.
Com isso, recebeu o benefício de aguardar o julgamento do recurso de pena instaurado por sua defesa. O ex-goleiro estava na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) em Santa Luzia, Belo Horizonte (MG). Mãe de Eliza, Sônia Moura lamentou a decisão do ministro do Supremo. "Estou indignada. Infelizmente a Justiça humana é falha", afirmou ao Campo Grande News.