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Cidades

Enquanto 51% acham que estudo não melhorou no País, 62% vêem evolução no Centro-Oeste

Marta Ferreira | 28/02/2011 15:09
Enquanto 51% acham que estudo não melhorou no País, 62% vêem evolução no Centro-Oeste

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou hoje um estudo apontando para quase metade (48,7%) dos brasileiros a educação no país melhorou. Os dados indicam, porém, que para a percepção os 51,7% dos entrevistados, a percepção sobre o ensino no País é negativa: dos 2.773 entrevistados, 27,3% avaliam que não houve mudanças na qualidade do ensino e quase um quarto (24,2%) acredita que o sistema piorou.

A pesquisa divide os dados por região e o Centro-Oeste é onde foi encontrado o maior índice de opiniões favoráveis sobre a melhoria do ensino no País: 62,9% dos entrevistados responderam que a oferta melhorou na educação. Em Mato Grosso do Sul, que forma o Centro-Oeste junto com Mato Grosso e Goiás, além do Distrito Federal, os índices da educação tem tido evoluções positivas nos últimos anos, o que pode ajudar a explicar as opinições positivas.

Conforme os dados do Ipe, dos 37,1% restante dos entrevistados no Centro-Oeste, as opiniões se dividiram em percentuais muito semelhantes: 18,2% responderam que a educação continua igual e 18,8% avaliam que está pior.

Os dados são do Sips (Sistemas de Indicadores de Percepção Social), desenvolvido pelo Ipea para captar a opinião da população sobre políticas e serviços públicos em diversas áreas.

O resultado no Centro-Oeste destoa do resto do País. O Sudeste registrou o maior percentual de avaliações negativas: 36,1% acreditam que a educação piorou, enquanto no Nordeste esse grupo representa 14% da população.

De acordo com o Ipea, o maior índice de percepção de melhoria nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e no Norte, e o menor índice no Sul e no Sudeste “podem ser uma evidência de que foram ampliados os investimentos nas três primeiras regiões, já que é justamente lá onde se encontram os piores indicadores educacionais do país”.

A percepção sobre a qualidade da educação também varia de acordo com a renda e a escolaridade dos entrevistados. Para 35,4% dos que têm nível superior completo ou pós-graduação, a educação piorou. No grupo daqueles que estudaram só até os últimos anos do ensino fundamental (5ª a 8ª série ou 6º a 9º ano), apenas 21,4% têm a mesma opinião.

Merenda - No Sul e no Centro-Oeste, mais de 70% dos entrevistados disseram que a qualidade da merenda é boa. Já nortistas e nordestinos: 52,6% e 53,6%, respectivamente, consideraram “pouca” ou “muito pouca” a quantidade de comida ofertada.

No Sul do país, esse percentual é inferior a 15%. Na média nacional, a maioria (67%) avalia como suficiente a quantidade servida nas escolas.

Classes-Entre os que ganham de dez a 20 salários mínimos, verificou-se o maior percentual de respostas negativas: 34,2% acreditam que o ensino está pior. Na população com renda mensal de até dois salários mínimos, 19,3% têm essa percepção.

“O nível de conhecimento das mulheres sobre os temas avaliados foi aproximadamente 10 pontos percentuais maior que o verificado entre os homens”. Essa diferença, aponta o Ipea, pode ser explicada “pelo fato de as mães estarem mais atentas à vida escolar dos filhos” do que outros membros da família”, define o estudo.

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