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Cidades

Entre presos levados ao PR, 4 já conhecem o presídio

Redação | 05/11/2009 13:43

Entre os 11 detentos transferidos de Mato Grosso do Sul para a Penitenciária Federal de Catanduvas, Paraná, nesta quinta-feira, pelo menos quatro já são "clientes" da unidade penal e em anos de pena foram transferidos mais d euma vez.

Marco Antônio Dias Merlon, Antônio Henrique da Silva Neto e Fábio Arce de Moura, foram para o presídio federal do Paraná em agosto de 2006 e retornaram para Campo Grande em setembro do ano passado.

Os três são apontados como líderes da rebelião ocorrida no Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, em 2006, e são integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), a facção criminosa que de dentro dos presídios coordena ações criminosas.

O outro que já "visitou" a unidade penal federal é Gilson Ferreira dos Santos. Ele foi para o Paraná em 12 de maio de 2007, junto com outros presos do Estado, em uma medida de emergência para evitar rebeliões no sistema penitenciário do Estado.

Todos são considerados de alta periculosidade e, por este motivo, são transferidos constantemente. A remoção dos detentos era esperada pela Sejus (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), assim como a mudança de dez homens acusados de comandar ataques ao Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro, ocorridos no mês passado.

Normalmente, quando um Estado envia detentos para outro, recebe o mesmo número de presos, como permuta. Ainda não foi esclarecido se os presidiários removidos serão "trocados" pelos carioca.

Entres os presos que foram para o Paraná, os mais "conhecidos" são:

Fernando Rondon do Amaral, 41 anos, é apontado como um dos principais líderes do PCC e está preso por tráfico de drogas e, em apenas dois anos, foi transferido quatro vezes do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima para o IPCG (Instituto Penal de Campo Grande). Normalmente, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) muda os presos que têm problema de convívio ou envolvimento com o crime organizado.

Já o detento Cícero Lourenço da Silva, o Cota, responde por crimes de formação de quadrilha, roubo a banco e tráfico de drogas. Desde 2008, a Sejusp tentava a transferência dele para uma unidade federal.

Merlon já foi baleado quando tentava fugir da Máxima em 2001. Na ocasião, grades das celas foram serradas e os detentos usaram terezas para pular o muro. Merlon foi atingido quando estava no muro.

João Bosco Sanabria de Carvalho é apontado como general do PCC em Mato Grosso do Sul. Ele veio para Campo Grande transferido de Três Lagoas porque foi apontado com um dos líderes da rebelião ocorrida em 2006. Na ocasião, integrantes do PCC coordenaram motins em quatro presídios do Estado: Campo Grande, Três Lagoas, Dourados e Corumbá. A ação foi em apoio às rebeliões feitas pelo grupo no estado de São Paulo.

Fábio Arce de Moura, 30 anos, cumpre pena por roubo em 1999. Ele foi preso em Campo Grande e removido para a PHAC (Penitenciária Harry Amorim Costa), em Dourados, como permuta em 2000, onde ficou de setembro a dezembro. De Dourados ele voltou para a Máxima, na Capital, e, desde então já foi para uma unidade estadual no Paraná, além de ir e vir de Dourados para Campo Grande, até a remoção de hoje. Ele acumula várias infrações cometidas dentro do sistema prisional.

Paulo Eduardo Nepomuceno Alves, o Peréu, foi preso por envolvimento no atentado que resultou na morte do advogado criminalista Willian Maksoud, crime ocorrido em 05 de abril de 2006.

Com ele foram apreendidas duas armas calibre 38 usadas no assassinato.

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