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Cidades

Equipes da Funasa param de atender aldeia de Dourados

Redação | 16/09/2009 14:30

Pelo menos 30 funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) que fazem atendimento de saúde na aldeia Jaguapiru, em Dourados, suspenderam o trabalho ontem. Eles alegam que estão sendo ameaçados por lideranças indígenas e pedem segurança para retornar ao trabalho.

Entre as equipes estão cinco médicos, enfermeiros, dentistas e nutricionistas. Pelo menos 240 consultas de especialidades são feitas diariamente nas quatro unidades de saúde existentes na Jaguapiru, que desde ontem contam apenas com agentes de saúde índios.

Em entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira, o chefe do Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena, Nelson Carmelo, disse que a paralisação do atendimento ameaça as crianças índias em situação de risco nutricional e desnutridas, que são acompanhadas diariamente.

Segundo Carmelo, as ameaças partiram do capitão da aldeia Jaguapiru, Renato de Souza, e do vice-capitão Naor Ramos. Carmelo disse que os índios teriam ameaçado sequestrar e agredir os funcionários da Funasa e até reter os carros usados no atendimento aos moradores.

As ameaças teriam começado após a demissão de cinco funcionários da Funasa que trabalham na aldeia, entre eles a filha de Renato de Souza.

O caso foi denunciado em boletim de ocorrência registrado na delegacia da Polícia Federal em Dourados e comunicado ao MPF (Ministério Público Federal). Nelson Carmelo disse que os funcionários só aceitam voltar a trabalhar na aldeia se houver garantia de segurança.

Junto com a aldeia Bororó, a Jaguapiru forma a reserva indígena de Dourados. Nas duas aldeias moram pelo menos 12 mil índios das etnias guarani-kaiowá e terena.

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