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Cidades

Falhas em Enem geram protesto em Mato Grosso do Sul

Redação | 08/11/2010 17:26

Uma sequência de falhas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), realizado neste fim de semana, fez com que a Justiça Federal do Ceará determinasse a suspensão imediata (em caráter liminar) das provas. Estudantes de Mato Grosso do Sul também protestam contra o exame e acusam o MEC (Ministério da Educação) de órgão incompetente.

A avaliação aplicada a 3,3 milhões de candidatos foi marcada por erros nas provas que podem prejudicar a nota dos estudantes. Vinte e um mil cadernos de prova amarelos apresentaram erro de montagem e não continham todas as 90 questões aplicadas no sábado (6).

Outro problema ocorreu na folha em que os estudantes marcam as respostas das questões, que estava com o cabeçalho das duas provas trocado. O exame teve 90 questões, sendo a primeira metade de ciências humanas e o restante de ciências da natureza. Mas, na folha de marcação, as questões de 1 a 45 eram identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90, como de ciências humanas.

Para a juíza Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal, a solução apresentada não resolve o problema, já que deixará "em desigualdade todos os candidatos remanescentes". O MEC prometeu disponibilizar na página do Enem na internet, a partir de quarta-feira, um módulo de requerimento para que o candidato que tenha marcado o gabarito seguindo a indicação dos cabeçalhos possa pedir a correção invertida.

A quantidade de candidatos prejudicados pelo problema ainda não foi divulgada, mas, mesmo o MEC estudando aplicar novas provas para esses estudantes, as reclamações são intensas. Até mesmo leitores do Campo Grande News que moram em São Paulo, como Mara Montezuma Assaf, criticaram o exame.

"O MEC merece um atestado de incompetência pelas trapalhadas, o Enem vai acabar perdendo a credibilidade por causa dessa gestão. Agora querem nos fazer crer que, num universo de três milhões e meio de estudantes, menos de 20 mil foram prejudicados e que somente 2 milhões terão que fazer as provas", frisa Mara, indignada.

O professor de matemática Chuck Miyahira, que coordena o cursinho pré-vestibular Nova Escola, em Campo Grande, o erro cometido pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão responsável pela aplicação do Enem, foi grave e certamente prejudicou muitos alunos.

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