ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Cidades

Falta de medicamento põe em risco vida de transplantados

Redação | 05/08/2009 15:14

A falta de um medicamento usado contra a rejeição tem colocado em risco a vida de renais transplantados. Na Casa da Saúde, em Campo Grande, onde o remédio é distribuído, a informação aos pacientes é de que o Micofenolato Mofetil está em falta.

Para a aposentada Maura Jorge da Silva, de 52 anos, a ausência de, inclusive, previsão para a chegada do medicamento é preocupante. Ela conta que toma quatro comprimidos ao dia, e o que tinha como reserva deve durar apenas mais uma semana.

"Não sei como vou fazer depois", desabafa. Ela conta que o remédio não esta disponível para compra em farmácias dificulta ainda mais a situação.

Além disso, ela afirma que cada caixa custa mais de R$ 1 mil e é importada do exterior. "Aposentada e com um salário mínimo, como é que eu vou conseguir pagar por isso?", questiona.

Além de ser usuária do medicamento, Maura é diretora da Recromasul (Associação dos Doentes Renais Crônicos e Transplantados de Mato Grosso do Sul) e acompanha o drama de quem depende do remédio para sobreviver.

"A maioria dos renais transplantados toma esse remédio", afirma. Segundo a diretora, quatro outros medicamentos podem ser usados para evitar a rejeição do órgão.

Entretanto, alguns pacientes possuem restrições quanto ao uso desses 'substitutos'. Quem toma Micofenolato mofetil, da marca Cellcept, o faz porque o organismo sofre com os efeitos colaterais dos outros tipos de remédios usados contra a rejeição.

A mãe de um paciente, que não quis se identificar, disse que ao buscar o remédio na Casa da Saúde foi informada de que o atraso na chegada ocorreu por conta do laboratório que fornece a medicação. O prazo dado foi o desta quinta-feira para a chegada.

A estudante Sandra da Silva Anastácio, de 28 anos, também está na expectativa de que o remédio chegue amanhã. Ela conta que no mês passado não conseguiu pegar o remédio, e por isso emprestou alguns da Recromassul.

"Se eu não tomar o meu organismo rejeita o órgão que eu tenho transplantado", afirma.

A reportagem procurou a Casa da Saúde para explicar o motivo da falta do remédio, entretanto não localizou nenhum responsável para esclarecer o caso.

Nos siga no Google Notícias