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Cidades

Família denuncia hospital particular por omissão e morte

Redação | 01/12/2009 11:48

Indignada e abatida, a esposa do vendedor Amauri Bertuol denuncia negligência que na avaliação dela provocou a morte do marido, na madrugada de hoje.

O casal procurou a rede particular, com "dinheiro no bolso para a consulta", conta Matilde Teixeira, mas "nem sequer a pressão arterial" do paciente foi aferida, relata a viúva.

A agonia começou por volta das 3 horas da madrugada, quando Amauri sentiu dores no braço esquerdo. Preocupado, ele resolveu ir com a esposa até o hospital Sírio Libanês, na avenida Afonso Pena, diz Matilde.

Ao chegar no local, Amauri e a esposa foram até a recepção. "Meu marido disse à moça (atendente) que estava com dores muito fortes no braço e que pensava que era infarto. Mas a menina disse que era coisa de ortopedia e que não tinha essa especialidade no plantão. Ela mandou então a gente ir à Santa casa", diz Matilde, indignada.

Segundo ela, a atendente ainda desanimou o casal, lembrando que na madrugada o setor de Ortopedia da Santa Casa é lotado e que demoraria muito qualquer atendimento.

Diante do "alerta" da recepcionista, Amauri disse á esposa que preferia voltar para casa, mas no caminho parou em uma farmácia, ainda na Afonso Pena. O recibo de pagamento mostra a hora exata que o casal saiu do local, 3h33, cerca de meia hora após ter saído de casa, na Vila Alba.

No retorno para a residência, algumas quadras antes de chegar, Amauri passou mal e morreu. "Ele estava dirigindo, olhou pra mim e disse que a vista tinha ficado escura. Logo ele já caiu no meu ombro, ainda com o carro em movimento. Só pensei em desligar o carro e pedir socorro".

Ao ver o marido "gritando de dor", Matilde ligou para o Samu, que chegou "15 minutos depois", diz a mulher. "Daí tentaram reanimar ele, mas meu marido já tinha morrido", lamenta.

O filho de Amauri é o mais revoltado depois da morte do pai. Aos gritos, ele ataca o hospital, o Samu e toda a rede de saúde, que nas palavras dele "não serve na hora que a pessoa mais precisa".

"Nem mediram a pressão arterial do meu pai e já mandaram ele ir embora. Isso é negligência, omissão, sei lá.

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