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Cidades

Festa é cancelada e jovens querem dinheiro de volta

Redação | 24/11/2009 16:22

Jovens que compraram convite para entrar em uma festa que estava marcada para ser realizada no último sábado (21), em Campo Grande, querem ressarcimento porque o evento foi cancelado na última hora. O responsável pela organização 'sumiu'.

A festa Ballad Flash seria realizada em uma casa desocupada localizada na avenida Afonso Pena esquina com a rua Espírito Santo. O evento era divulgado principalmente pela internet, através do orkut.

Quem comprou convite para a festa relata que no Orkut, o responsável pela organização, identificado como Douglas, 19 anos, criou um perfil especifico para o evento. A casa onde seria realizada era chamada de 'mansão' e havia diversas fotos do interior do espaço.

A festa era divulgada como o lançamento de um site de fotos denominado Ballad Flash, que está fora do ar. Entre as atrações estavam os grupos Descontrasamba e Rominho e Banda, e também Djs. A bebida seria gratuita. Os convites eram vendidos de R$ 20 (mulher) a R$ 30 (homens).

A propaganda prometia muita animação no local, mas quem foi, viu discussões, Polícia e o local ser 'fechado'.

Um universitário de 18 anos conta que chegou ao local por volta de 23h e se deparou com uma mulher e um senhor discutindo. Em seguida, o organizador apareceu, avisou que não iria mais ter festa e disse que iria buscar o dinheiro para ressarcimento, porém não voltou mais. "Estou sem os meios trintão", disse o acadêmico de Direito, referindo-se aos R$ 30 'perdidos'.

O universitário explica que estava com um grupo de 15 amigos. Todos compraram o convite no Ingresso Fácil, no Shopping Campo Grande, onde foram informados que Douglas não apareceu mais após o cancelamento da festa.

"Quando a gente estava lá apareceu até um cara dizendo que era um dos patrocinadores e que havia dado R$ 3,5 mil para ajudar no aluguel de R$ 7 mil", declara o universitário.

"A gente foi para dançar. Era a única festa de sábado com Djs, bandas e estava barato por ser open bar", conta uma universitária de 17 anos, também lesada e que quer ressarcimento dos R$ 20 gastos.

A estudante de Comunicação Social foi com um grupo de amigos e quando chegou ao local foi informada que a festa havia sido cancelada. "Estavam desmontando as coisas lá dentro", diz ela, que, do lado de fora, observou o que acontecia no interior da 'mansão'.

A orientação para quem comprou o convite é procurar o Procon, que fica na rua 13 de Junho, esquina com a rua Maracaju. O superintendente do órgão estadual, Lamartine Ribeiro, explica que após receber as denúncias, o Procon intima o responsável a fazer o ressarcimento imediatamente.

"Esse imediatamente é uma questão de horas para iniciar a devolução. Caso não ocorra, é aberto procedimento administrativo por lesão ao direito do consumidor". De acordo com Lamartine, o responsável pode receber multa que varia de R$ 200 a R$ 3 milhões, conforme a reincidência. Isso significa que quanto mais pessoas procurarem o Procon, maior pode ser a multa caso não haja ressarcimento.

O delegado Adriano Garcia, responsável pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra a Relação de Consumo) diz que as pessoas que compraram os convites devem procurar o Procon, que depois irá acionar a Polícia Civil, que irá investigar o caso.

Segundo o delegado, o responsável pode ser indiciado por estelionato, se for comprovado que ele tinha intenção de não realizar a festa e também por crimes contra a relação de consumo.

A reportagem do Campo Grande News procurou o responsável pela festa em endereço que constava como sendo da casa dele, mas, ele não foi localizado. No orkut dele há diversos recados de pessoas que compraram os convites da festa cancelada de última hora.

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