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Cidades

Gaeco vai investigar fraudes com expedição de CNH

Redação | 30/06/2008 13:25

O Gaeco (Grupo Especializado de Combate ao Crime Organizado) vai investigar a suspeita de fraude na emissão de CNHs (Carteiras Nacional de Habilitação) no Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul).

A suspeita é decorrência de investigações realizadas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) que resultaram em prisões e apreensões em Ferraz de Vasconcelos, na grande São Paulo, a chamada operação Carta Branca, em maio.

Enquanto o Detran investiga as questões administrativas, caberá ao Gaeco apontar os crimes. Neste caso, os envolvidos poderão responder a ação judicial.

Gravações telefônicas feitas com autorização da Justiça mostram conversas entre Bento de Souza, ex-funcionário de uma auto-escola e pessoas que teriam pago para obter CNH sem fazer as devidas avaliações.

Há gravações ainda de Bento com o policial militar Henrique Hoolland, que foi afastado do posto da rodoviária de Campo Grande e responde IPM (Inquérito Policial Militar) e também com uma pessoa que seria médico no Detran.

Por conta dos indícios de fraudes, o Detran já afastou das funções cinco examinadores e um vistoriador. Este não tem relação com expedição de CNH, e sim com a facilitação na aprovação de veículos.

A equipe médica também é alvo da investigação da corregedoria do órgão, mas nenhum profissional do setor foi suspenso. O servidor envolvido em qualquer facilitação pode até ser exonerado.

No Estado, 150 CNHs foram bloqueadas por suspeitas de terem sido expedidas com alguma fraude. Todas foram expedidas em Ferraz de Vasconcelos e renovadas ou transferidas para Mato Grosso do Sul.

Nos documentos que o Detran verificar irregularidades, a pessoa será chamada para fazer todo o processo de expedição legalmente e regularizar a situação. A parte criminal, caberá ao Gaeco.

A PRF iniciou as investigações há um ano após verificar a grande quantidade de motoristas com CNHs expedidas em São Paulo envolvidos em acidente. As gravações foram encaminhadas ao Ministério Público Estadual daquele Estado, culminando na operação Carta Branca.

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