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Cidades

Greve do INSS chega a 81 dias e população sofre para receber benefícios

Thiago de Souza | 22/09/2015 19:15
Apesar de agendado, secretária Célia Silva não foi atendida. (Foto: Gerson Walber).
Apesar de agendado, secretária Célia Silva não foi atendida. (Foto: Gerson Walber).
Perícia médica funciona parcialmente e atendimento é lento. (Foto: Gerson Walber)
Perícia médica funciona parcialmente e atendimento é lento. (Foto: Gerson Walber)

A greve dos servidores do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) completa 81 dias e o impasse entre Governo Federal e o comando da greve continua.

Em Campo Grande cerca de 40% dos médicos peritos aderiram à greve. O atendimento está demorado e para algumas pessoas a perícia chega a ser remarcada por duas vezes.

O transtorno da greve é bem palpável para Célia Silva, 51, que busca a aposentadoria. "A pessoa trabalha 35 anos para se aposentar, vem aqui é não é atendida", questionou a secretária, que agendou primeiro atendimento dia 1º de agosto. Mesmo diante das dificuldades, ela diz que a paralisação dos servidores é legítima. "Eu não tiro a razão deles. Eles têm o direito de reivindicar", refletiu a secretária.

Mais grave é a situação do frentista Olandir Priano da Silva, 42. Ele sofreu um acidente ao cair de um andaime em um posto de gasolina, e devido aos dois adiamentos da perícia médica, não recebe salário. "Estou vivendo com ajuda dos familiares, pai...tio", lamentou o homem. Sua primeira perícia era para ser feita dia 22 de agosto, mas foi adiada para hoje (22) de setembro. No entanto, o frentista também concorda com a greve, apenas acredita que o prejuízo a população não deveria ser tão grande.

De acordo com o comando de greve em Campo Grande, representantes do movimento estavam reunidos na tarde desta terça-feira (22), com o ministro do Planejamento Nelson Barbosa, em Brasília. A principal reivindicação da categoria foi atendida, que era a fixação da gratificação de 50% no salário, fazendo com que os servidores se aposentem com, praticamente, o salário integral.

O impasse fica por conta dos dias parados. O governo quer que os servidores paguem em hora, porém, os funcionários exigem pagar em forma de quantidade de atendimentos, fazendo mutirões para tentar zerar as filas, por exemplo.

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