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Cidades

Há 5 dias com a clavícula fraturada, criança de dois anos espera gesso

Fabiano Arruda | 20/06/2011 11:29

Menina de Dois Irmãos do Buriti se machucou durante brincadeira; falta de ortopedista é o problema

Marilene mostra foto da filha enfaixada e diz que criança tem dificuldade para dormir. (Foto: Marcelo Victor)
Marilene mostra foto da filha enfaixada e diz que criança tem dificuldade para dormir. (Foto: Marcelo Victor)

Durante uma brincadeira na última quinta-feira, a filha da assistente Marilene Ribeiro, de 31 anos, caiu de um muro e machucou a clavícula. Com suspeita de fratura, a menina está com a lesão enfaixada desde então e não conseguiu nem engessar o local por falta de ortopedista.

O relato da mãe é que a criança, internada desde quinta-feira no Hospital Cristo Rei, de Dois Irmãos do Buriti, recebeu alta hoje e deixou a unidade de saúde sem o gesso. Ela conta que, um primeiro raio-x tirado na sexta-feira, constatou fratura na clavícula.

No entanto, ainda conforme Marilene, no sábado, outro exame foi solicitado, desta vez, sob argumento de que o hospital teria “extraviado” o primeiro raio-x. O segundo exame, desta vez, apontou que a clavícula da menina havia apenas “trincado” e que não havia ortopedista, nem em Dois Irmãos, nem em Campo Grande.

"Eles (médicos) falaram que vai cicatrizar, pois ela é criança", conta.

“O hospital enviou fax para a Santa Casa de Campo Grande e foi informado que não havia ortopedista disponível. Em Dois Irmãos, os médicos dizem que apenas trincou, mas, mesmo assim, ela precisa que seja engessado”, queixa-se a mãe.

Segundo a assistente, a menina tem reclamado do desconforto para dormir. As dores, até agora, foram minimizadas por conta da medicação recebida no hospital. “Vamos ver se vai continuar assim quando chegar em casa”.

A criança mora em Dois Irmãos do Buriti com a tia, irmã de Marilene, que trabalha em Campo Grande de segunda a sexta-feira e volta para a cidade do interior apenas nos finais de semana. Agora, de longe, conta a agonia em saber do desconforto enfrentado pela filha e recorre ao telefone de hora em hora para ter notícias.

Marilene afirma que, a posição repassada pelos médicos em Dois Irmãos do Buriti, é que a menina tem retorno médico previsto só na próxima terça-feira, com duas possibilidades. Uma delas é se um ortopedista atender, neste tempo, no hospital Cristo Rei. A outra é surgir atendimento de especialista na Capital.

Em contato por telefone com o hospital Cristo Rei, a atendente informou que a unidade possui ortopedista e garantiu que não pode repassar mais informações sobre o caso, a não ser para familiares. Disse ainda que sequer poderia transferir a ligação para os médicos responsáveis falarem sobre o assunto.

Já a assessoria de imprensa da Santa Casa de Campo Grande relatou a sobrecarga no setor de ortopedia e que apenas hoje 11 pacientes aguardam vaga para o centro cirúrgico. Para ilustrar a alta demanda, a assessoria do hospital conta que foram 150 cirurgias entre sexta e ontem, sendo a maioria, pelo menos 70%, de casos de ortopedia.

No entanto, o departamento da Santa Casa afirma que, mesmo com a sobrecarga, a informação de que não há profissionais de ortopedia na Capital parte da Central de Regulação e sugere que os hospitais, como o de Aquidauana, poderiam resolver o problema da menina.

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