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Cidades

Índia afirma ter sido discriminada em loja Meio-Preço

Redação | 04/04/2009 15:59

A indígena Janaína Faustino, 18 anos, denunciou caso de discriminação na Loja de Calçados Meio Preço, localizada na Rua 14 de Julho, em Campo Grande. Segundo ela, ao tentar efetuar o cadastro para obter o cartão de compra da loja, uma atendente teria lhe dito que a diretoria do local estava desautorizada a conceder crédito a índios.

Elaine Lopes, amiga de Janaína, acompanhava a índia no momento do ocorrido e se mostrou muito indignada com a situação. "Agora a pessoa não pode abrir crédito só porque é índio. Isso é inadmissível", protestou.

De acordo com Elaine e Janaína, no momento em que uma atendente estava providenciando todos os trâmites para a confecção do cartão, uma outra, identificada por elas com o nome de Mayara Pereira, interrompeu a ação e disse que a jovem não poderia ser contemplada com o cartão.

A reportagem do Campo Grande News ligou para o SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) da loja e foi informada de que não existe esse tipo de norma na empresa. Segundo informações repassadas pelo SAC, um erro teria ocorrido, até porque é contra a lei impedir que qualquer pessoa, independente de sua raça, obtenha o cartão.

Uma ligação foi feita para a Loja Meio-Preço e segundo a versão do supervisor comercial de cartões, Elivelton Paiva, o que ocorre é que alguns índios tem cartões de identidade diferentes das identidades normais. Muitas vezes, segundo ele, os documentos dos consumidores indígenas são protocolados pela Funai (Fundação Nacional do Índio), como no caso do RG de Janaína e o procedimento para a aprovação do cartão é lenta.

Conforme Elivelton, foi necessária sua intermediação no caso e, de acordo com ele, o cartão já estava sendo confeccionado e todas as desculpas haviam sido pedidas. Ele ainda enfatizou que a funcionária acusada por Janaína e Elaine de cometer ato discriminatório lhe garantiu que não agiu conforme versão delas.

Apesar de todas os procedimentos adotados por Elivelton para reverter a situação, ele disse que Janaína e a amiga Elaine estavam irredutíveis. Conforme ele, elas estariam com os ânimos exaltados e "parece que já estão arquitetando algo em mente, como uma ação".

Janaína morava na aldeia Passarinho, no interior do Estado e está na Capital há 3 meses, onde trabalha como empregada doméstica.

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