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Interior

"A arma disparou sem querer", diz suspeita presa após mortes

Uma das vítimas queria entregar arma à polícia antes de ser morta

Ana Beatriz Rodrigues | 27/02/2023 16:30
"A arma disparou sem querer", diz suspeita presa após mortes
Movimentação de policiais e peritos no local das mortes (Foto: divulgação / Polícia Civil)

Durante depoimento na tarde desta segunda-feira (27), Bruna Betânia Mendonça Dias, de 24 anos, disse que a arma disparou sem querer enquanto ela rolava no chão com João Valdecir Gomes Dias, de 57 anos, conhecido como Deci. O crime aconteceu na madrugada do último domingo (26) em Anaurilândia, município que fica a 379 km da Capital.

Bruna contou que em determinado momento, o marido dela, Naldo, pegou a arma que estava no carro e disse que não saber por que isso aconteceu, pois ela estava no banheiro. Devido à situação, começou uma discussão entre Naldo e Deci por conta da arma, ainda segundo Bruna, Deci tomou o objeto à força da mão de Naldo dizendo que ia entregar à polícia.

Quando Valdecir subiu na moto, Bruna foi atrás dele e conseguiu pegar a arma novamente, pois ela não queria que entregasse o objeto às autoridades, segundo a suspeita, nesse momento eles caíram no chão e começaram a brigar pela arma, momento em que o objeto disparou sem querer.

O segundo suspeito é José Aparecido Gomes Dias, de 50 anos. Em depoimento o homem contou que estava em casa dormindo quando um sobrinho o chamou e pediu para que ele levasse uma arma, pois estava tendo uma briga no bar e que tinha gente com arma, foi quando ele pegou a espingarda que ficava em cima do guarda-roupa.

José disse que quando chegou no local, Naldo estava saindo do bar com duas facas na mão e indo para cima dele, ele já tinha visto o seu irmão Valdecir caído para o lado de fora, o homem explicou à polícia que só disparou para se defender de Naldo, que estava armado com duas facas, e que agiu no calor do momento vendo o irmão caído morto.

Depois dos relatos dos dois suspeitos, o Ministério Público pediu a prisão temporária de Bruna, pois as alegações dela são contraditórias e optou pela liberdade condicional de José Aparecido, pois o homem se apresentou, entregou a arma e explicou com clareza a dinâmica que aconteceu.

O caso - A confusão de família que terminou com três mortes teve tiros e facadas, na manhã de ontem (26), na zona rural de Anaurilândia, distante 371 quilômetros de Campo Grande. João Valdecir Gomes Dias, de 57 anos, conhecido como Deci, e Agnaldo de Oliveira Martins, de 36 anos, o Naldo, morreram no local. Paulo José de Souza, de 36 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Conforme a Polícia Civil, no corpo de Deci e Paulo haviam perfurações aparentemente de faca e projétil de arma de fogo. Uma das vítimas estava com a face deformada em razão de graves lesões.

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