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Interior

À polícia, homem confessa ter matado criança, mas diz que foi "brincadeira"

Ivan Alyffer Albuquerque Rocha, 23 anos, foi pescar com os primos da esposa e, no caminho, mandou um deles ajoelhar e atirou

Silvia Frias e Clayton Neves | 10/06/2019 15:05
Ivan nega que teve intenção de matar o menino de 11 anos, primo da esposa dele (Foto: reprodução/Facebook)
Ivan nega que teve intenção de matar o menino de 11 anos, primo da esposa dele (Foto: reprodução/Facebook)

Ivan Alyffer Albuquerque Rocha, 23 anos, preso pela morte de Luis Otávio Santana de Lima, 11 anos, manteve a versão de que o disparo que atingiu a criança foi acidente. Em depoimento à Polícia Civil de Sidrolândia, há pouco, repetiu algumas vezes que tudo não passou de “brincadeira”.

Luís foi morto com tiro no abdômen, no fim da tarde de sábado (8), na Fazenda Furnas, área rural de Sidrolândia, distante 71 quilômetros de Campo Grande.

Ivan havia levado Luís e o irmão da vítima, de 13 anos, para pescar jacaré. O homicídio ocorreu no retorno desse passeio. Antes de perder a consciência, Luís contou que foi obrigado a ajoelhar e rezar, fato também confirmado pelo irmão da vítima.

Ao delegado Diego Dantas, titular da Polícia Civil de Sidrolândia, Ivan Alyffer confirmou que obrigou a criança a ajoelhar e rezar, mas que isso fazia parte da brincadeira. O menino teria obedecido e rezou, com as mãos para trás. O suspeito, posicionado na frente da criança apontou a arma e disse que o disparo foi acidental. “Ele disse que era só para assustar”, relatou o delegado.

Após o disparo, Ivan tentou fugir em meio à vegetação, mas foi contido pelos moradores do entorno.

Segundo ele, o revólver calibre 22 estaria sem munição, versão que a polícia que acredita não ser a real, já que Ivan havia relatado que havia usado a arma para atirar em jacaré, pouco antes.

Motivação – Até agora, o delegado interrogou a mãe da vítima, a esposa do autor, esta, adolescente de 16 anos, prima de Luís, e outras testemunhas relacionadas à família.

Em 2015, Ivan foi indiciado por violência doméstica, por ter agredido a esposa. Mas segundo Dantas, não há relatos de que o crime possa ter sido cometido por vingança por alguma desavença familiar. 

A polícia deve encerrar o inquérito até sexta-feira, com indiciamento de homicídio doloso qualificado por emprego de meio cruel e agravado pelo fato da vítima ser menor de idade. Ivan também deve responder por porte ilegal de arma de fogo.

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