Ação pede obras urgentes para acabar com enchentes em Terenos
Prefeitura tem projeto avaliado em R$ 6,9 milhões para solucionar problema de drenagem

Para acabar com enchentes no Bairro Camilo Boni, em Terenos, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pede que a Justiça obrigue a prefeitura a tomar providências urgentes.
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O órgão entrou com pedido liminar em ação civil pública afirmando que o problema persiste há anos, causando perdas materiais e riscos à saúde dos moradores a cada vez que chove forte.
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Pedido liminar no processo quer que o Município execute obras de drenagem que foram planejadas e que, enquanto elas ocorrem, faça manutenção e desobstrução constante na rede pluvial.
O MPMS investiga o caso desde 2021. Relatório técnico já confirmou que a rede de drenagem atual é insuficiente para suportar o volume de água, em especial porque o bairro está localizado na parte baixa da cidade, recebendo fluxo de água das áreas mais elevadas e também o retido por novos empreendimentos instalados na região. Além disso, laudo pericial judicial atestou que a falta de infraestrutura adequada da rede de drenagem municipal e os danos estruturais nos imóveis têm relação direta.
Obras - O Município reconheceu que o problema é grave e que é preciso construir uma bacia de contenção entre a BR-262 e o bairro Camilo Boni. Segundo apurou o MPMS, existe um projeto com orçamento estimado em aproximadamente R$ 6,9 milhões para solucioná-lo, mas nenhuma etapa foi iniciada.
"A omissão municipal é reiterada, contínua e causa danos graves à coletividade. Há risco real e imediato à saúde, à segurança, ao patrimônio e à integridade física dos moradores", destaca o pedido do órgão.
A reportagem questionou a assessoria de imprensa da prefeitura quais providências serão tomadas para pôr fim às enchentes. Não houve resposta até a publicação da matéria.
Crise - A gestão municipal viveu crise este ano após a Operação Spotless, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), levarem o ex-prefeito Henrique Wancura Budke (PSDB) à prisão, suspeito de chefiar um esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos.
A prisão ocorreu em setembro. Em seguida, o vice-prefeito Arlindo Landolfi Filho (Republicanos), o Doutor Arlindo, assumiu como prefeito interino. Ele segue no cargo de titular.
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