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Interior

Acusado de homicídio em 2011 é apontado como assassino de índio em emboscada

Bruno Chaves | 03/12/2013 14:15

O inquérito policial que investiga o assassinato do indígena Celso Figueredo, 34 anos, morto com um tiro na Aldeia Paraguassu, em Paranhos, no dia 12 de junho desse ano, foi concluído pela Polícia Civil. Silvio Vilhalva, que está foragido, também é acusado de assassinar uma índia da mesma aldeia em 2011. O delegado Rinaldo Moreira, responsável pelo caso, pediu à Justiça a prisão preventiva do acusado.

A Polícia Civil apurou que Celso foi morto no interior da Fazenda Califórnia, entre as cidades de Paranhos e Sete Quedas. Celso e o pai seguiam da aldeia rumo à fazenda quando a vítima foi recebida a tiros por um homem que usava touca e capacete de motocicleta.

Durante as investigações, várias pessoas foram ouvidas. De acordo com o pai da vítima, o atirador usou uma espingarda para um único tiro e depois efetuou dois disparos com uma pistola. Em um primeiro momento, o delegado descartou que a morte estivesse ligada a um conflito agrário.

Ainda em diligências, a polícia encontrou uma espingarda na casa do funcionário da fazenda, Ivonei Gabriel Vieira, 36. Ele também tinha munições e uma blusa de frio com restos de sangue. Posteriormente, qualquer envolvimento do empregado no crime foi descartado.

Laudos periciais revelaram que não havia nenhuma relação entre a arma usada no crime e a espingarda. O exame ainda mostrou que os vestígios de sangue localizados na roupa de frio não eram de sangue humano.

Após investigações na Aldeia Paraguassu, a polícia identificou um único desafeto de Celso Figueredo. O delegado concluiu que, na semana do crime, a vítima havia discutido com o acusado e quase entraram em uma luta corporal. O motivo seria um acerto de contas de valores sobre diárias recebidas e não repassadas a Celso.

Silvio Vilhalva foi procurado diversas vezes na aldeia, mas não foi encontrado. A polícia ainda concluiu que o acusado é co-autor da morte da indígena Angela Duarte, 49 anos, que morava na mesma aldeia, ocorrida há dois anos. VIlhalva tem várias passagens por furtos e outros crimes. Segundo vizinhos, sempre que ele percebe a presença da polícia foge para o país vizinho.

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