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Interior

Advogado contraria polícia e nega que pecuarista mandou matar susposto rival

Nyelder Rodrigues | 06/12/2016 20:17
Emerson foi morto a tiros enquanto ministrava as aulas de autoescola. (Foto: Reprodução/Facebook)
Emerson foi morto a tiros enquanto ministrava as aulas de autoescola. (Foto: Reprodução/Facebook)

O advogado Laércio Arruda Guilhem, que faz a defesa do pecuarista Ernandi Souza Cavalheiro, de 55 anos, conhecido como Tulinho, nega que o cliente dele tenha encomendado a morte do instrutor de autoescola Emerson Rodrigo da Silva, ocorrida em Miranda - cidade localizada a 201 km de Campo Grande - no dia 29 de janeiro deste ano.

Tulinho foi preso sexta-feira (2) como suspeito de ter encomendado a morte de Emerson. Conforme divulgado hoje à tarde no site oficial da Polícia Civil, a prisão ocorreu por causa de uma suposta relação do instrutor com a mulher do pecuarista.

Em contato com a redação, Laércio refuta que tenha ocorrido tal relação e ainda afirma que Ernandi só foi apontado como mandante por causa da pressão popular, já que o crime aconteceu em janeiro e até o momento não teria sido elucidado.

"Essa história é absolutamente furada. É um processo em segredo de justiça e agora que pediram a prisão do Tulinho, sem qualquer indício de prova. Entramos com habeas corpus e por isso o pessoal está jogando isso de forma distorcida. A cidade é pequena e deve estar tendo cobrança pela elucidação do crime", comenta o advogado.

Láercio ainda diz que tal informação sobre a relação extraconjugal não consta nos autos, considerando tal divulgação ofensiva para o casal, principal para a mulher do pecuarista. Na noite desta terça-feira (6), a matéria foi retirada do site oficial da Polícia Civil.

"Não há nada de concreto. Há uma suposição porque ele teve um desentendimento com esse instrutor na compra de alguns móveis. Não acham quem é o verdadeiro criminoso, o matador, querem jogar para ele [Tulinho]", dispara Laércio.

O pecuarista Ernandi é suspeito, segundo a Polícia Civil, de contratado dois matadores de aluguel para executar Emerson, que foi atingido por quatro tiros enquanto trabalhava na rua Doutor Alexandre Machado, Centro de Miranda.

A reportagem tentou contato com o delegado geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, com quem Laércio disse ter conversado para retirar a matéria do site oficial, para saber se a retirada foi feita por erro ou divulgação imprópria. Porém, até o fechamento do texto, a reportagem não conseguiu o contato.

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