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Interior

Alegando problemas de saúde, tio de Pavão é solto para usar tornozeleira em casa

Justiça acatou alegações de que o suspeito necessita de acompanhamento frequente no tratamento de uma miocardiopatia isquêmica grave

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 21/12/2018 22:18
Gimenez cercado por policiais no dia em que foi preso. (Foto: Arquivo)
Gimenez cercado por policiais no dia em que foi preso. (Foto: Arquivo)

O empresário Francisco Novaes Gimenez, de 60 anos, o Chico Gimenez, conseguiu liberdade da prisão. Alegando ser portador de uma doença grave, uso de “medicamentos específicos" e a necessidade de "acompanhamento médico periódico”, ele conseguiu na Justiça a conversão da detenção preventiva em prisão domiciliar.

Gimenez terá de usar tornozeleira eletrônica enquanto ficará em sua residência, na Rua Calógeras, no Centro de Ponta Porã, a mesma onde foi preso no último dia 7 com um grupo que supostamente se organizava para um ataque ao bandido brasileiro Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”.

À época, pelo menos 12 pessoas foram presas pela Polícia Federal, sendo que apenas Gimenez foi posto em liberdade. Todos os outros foram transferidos para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Ex-candidato a prefeito por Ponta Porã, Gimenez é também tio do narcotraficante Jarvis Gimenes Pavão, que esta recolhido atualmente no Presídio Federal de Mossoró (RN).

Na última semana o empresário havia entrado com pedido de liberdade provisória na 2ª Vara Federal em Ponta Porã e aguardava o parecer do Ministério Público Federal. Contudo, a reportagem apurou que a Justiça acatou um novo pedido em que sua defesa pedia a soltura do suspeito, alegando que ele é portador de “miocardiopatia isquêmica grave”.

Gimenez ainda necessitaria de uma acompanhamento frequente contra diabetes, hipertensão e dislipidemia. Com a decisão de soltura, além do uso de tornozeleira Gimenez terá de seguir outra série de medidas cautelares como a proibição de sair do país e não se ausentar de sua residência, salvo para consulta médica, mediante prévia autorização da Justiça.

Assim como apresentar relatório médico mensal de seu estado de saúde e total proibição de manter contato com os demais investigados. Chico Gimenez foi escoltado por agentes em viatura da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) do presídio na fronteira até a sua residência.

As prisões – Conforme a PF, a investigação teve início após denúncia informando que haveria uma reunião na casa de Chico Gimenez com membros de uma organização criminosa. Além do empresário, foram presos o sobrinho de Pavão Jonathan Gimenez Grance, Carlito Gonçalves Miranda, Marcelo Jarcem de Oliveira, Eudes Antonio Goncalves Araújo, Rronny Ayala Benitez, Gector Gustavo Farina Argana, Cícero Novais da Silva e os paraguaios Alan Baez Gonzalez, Riky Javier Baez Gonzalez e Rosalino Baez.

Durante buscas na residência, os policiais encontraram seis pistolas Glock de uso restrito, um revólver calibre 38, 16 carregadores de pistola, 400 munições de diversos calibres, 27 celulares, oito carros, sendo quatro deles blindados, além de US$ 54.700 dólares em dinheiro. Se forem condenados, os acusados podem pegar até 38 anos de prisão.

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