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Interior

Apaixonado por voar, piloto deixa experiência de 40 anos, esposa, filhos e netos

Paula Maciulevicius | 26/08/2012 12:10

Janjão trabalhava com Orestes há cinco anos e de acordo com a família, estava com toda documentação e permissão para voar, em dia

“Ele era aposentado e trabalhava por amor ainda”, disse filha sobre o pai, o piloto, Teodoro Janjon, que morreu na queda do avião. (Foto: Arquivo Pessoal)
“Ele era aposentado e trabalhava por amor ainda”, disse filha sobre o pai, o piloto, Teodoro Janjon, que morreu na queda do avião. (Foto: Arquivo Pessoal)

O piloto Teodoro Janjon, 72 anos, morto na queda do avião onde estava o empresário Orestes Prata Tibery Junior e a esposa, Ellen Martins Prata Tibery, deixou um legado de experiência de quatro décadas de voos, dois pilotos na família, esposa, três filhos e seis netos.

O corpo do piloto que era conhecido como “Janjão” está sendo levado para a cidade de Nova Odessa, no interior de São Paulo, onde segundo a filha, Eliana Janjon Rozinelli, 43 anos, a cidade inteira está esperando por ele. O velório começa a tarde, a partir das 15h.

“Ele era uma pessoa querida, muito conhecida e experiente”, disse.

Segundo relatos da família, a paixão por voar começou ainda pequeno. “Ele era pedreiro, vigia, fazia um monte de coisa, mas todo final de semana fazia as horas de voo”, conta a filha Eliana.

Janjão trabalhava com Orestes há cinco anos e de acordo com a família, estava com toda documentação e permissão para voar, em dia.

“Ele era aposentado e trabalhava por amor ainda. A gente tem mais dois pilotos na família, este foi o primeiro acidente”, comentou.

Acidente - A aeronave Cessna 210, prefixo PT-OKZ saiu de Três Lagoas, cidade localizada a 338 quilômetros de Campo Grande, às 7h30, rumo a fazenda Vista Alegre, no município de Água Clara, que fica a 198 quilômetros da Capital. A queda aconteceu às 8h.

Conforme relato dos funcionários da fazenda Serena ao delegado de Polícia Civil de Água Clara, Nilson Martins, eles escutaram uma forte aceleração de motor, que logo em seguida entrou em pane. A aeronave começou a perder altura e ficar fora da vista dos funcionários.

Logo depois, um barulho foi ouvido, sem explosão. Muita poeira subia do local, junto com uma densa fumaça. Os mesmos funcionários foram que avisaram a polícia sobre a queda da aeronave no local.

De acordo com o delegado Nilson Martins, a aeronave caiu de ponta, fazendo um buraco no chão. Ainda assim, depois do primeiro impacto, ela ainda seguiu arrastando no chão, deixando destroços espalhados por 100 metros.

A equipe da Anac (Agência Nacional de Aviação Civíl) já está no local investigando o caso.

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