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Interior

Apenas uma vítima de acidente aéreo poderá ser identificada por digitais

Equipes da Capital especializadas em perícia e identificação foram deslocadas para auxiliar nos trabalhos

Por Bruna Marques e Silvia Frias | 24/09/2025 15:27
Apenas uma vítima de acidente aéreo poderá ser identificada por digitais
Da esquerda para a direita: Kongjian Yu, Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, Rubens Crispim Junior e Marcelo Pereira Barros (Foto: Reprodução)

Apenas uma das vítimas do acidente aéreo ocorrido na tarde de terça-feira (23), na região da Fazenda Barra Mansa, em Aquidauana, a 141 quilômetros de Campo Grande, poderá ser identificada por meio de um exame necropapiloscópico, procedimento que analisa impressões digitais de cadáveres em casos em que o corpo apresenta queimaduras ou está em avançado estado de decomposição.

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Quatro pessoas morreram na queda de um avião em Aquidauana (MS) na terça-feira (23). As vítimas são o arquiteto chinês Kongjian Yu, o cineasta Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, o documentarista Rubens Crispim Junior e o piloto Marcelo Pereira Barros. A identificação dos corpos está sendo dificultada devido ao estado dos corpos, carbonizados após a queda. Um dos corpos poderá ser identificado por necropapiloscopia, exame de digitais específico para casos de queimaduras. Equipes de Campo Grande especializadas em perícia e identificação de vítimas foram deslocadas para auxiliar nos trabalhos. Amostras de DNA foram coletadas dos familiares para testes comparativos e posterior liberação dos corpos. Um familiar do arquiteto chinês aguarda visto para vir ao Brasil.

De acordo com o delegado titular da Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana, Amylcar Paracatu Romero, a delegada Ana Cláudia Medina, do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), acompanha os trabalhos no local da queda. “Chegou ontem à noite, fez as perícias e deve continuar lá amanhã. Nós estamos dando apoio aqui na cidade, com necrópsia e contato com as famílias”, disse.

Durante a análise inicial, não foi possível realizar o reconhecimento pessoal por documentos nem pela papiloscopia comum do arquiteto chinês Kongjian Yu, do cineasta Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, do documentarista Rubens Crispim Júnior e do piloto Marcelo Pereira Barros.

No entanto, segundo o delegado, há uma chance de identificação por exame necropapiloscópico. “Estamos aguardando a chegada de uma equipe de Campo Grande, especializada nesse tipo de exame em vítimas de queimadura, para tentar a identificação”, afirmou.

Apenas uma vítima de acidente aéreo poderá ser identificada por digitais
Delegado Amylcar Paracatu Romero acompanha investigação sobre a identificação das vítimas do acidente aéreo em Aquidauana (Foto: Marcos Maluf)

O corpo em questão foi inicialmente classificado como número 4. Há uma suspeita sobre a identidade da vítima, baseada na posição em que a vítima foi encontrada na aeronave. “Pela posição dos corpos na aeronave, há uma presunção sobre quem seja. Mas não trabalhamos com presunções. É preciso entregar cada corpo à família certa”, ressaltou Romero.

As famílias já foram informadas sobre a necessidade de fornecer material genético para confronto de DNA (ácido desoxirribonucleico). O filho do piloto, de 8 anos, entregou amostra que, junto com as demais, será encaminhada ainda hoje para Campo Grande.

A maioria dos familiares das vítimas vive em São Paulo. Já os parentes do piloto, apesar de ele residir em Mato Grosso do Sul, também são do interior paulista. A ex-mulher e o filho estavam na cidade no momento da tragédia.

Familiares do arquiteto chinês aguardam visto emergencial para vir ao Brasil, com apoio do consulado. A viagem deve demorar, já que o trajeto até Campo Grande leva cerca de 24 horas.

Apenas uma vítima de acidente aéreo poderá ser identificada por digitais
IML de Aquidauana, onde estão os corpos das vítimas do acidente aéreo (Foto: Marcos Maluf)

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