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Interior

Após morte de criança, polícia vai ouvir coordenadora de Colégio Adventista

A delegada começa a ouvir nesta terça pessoas que tinham ligação com a menina morta com tiro na cabeça na noite de domingo (17)

Viviane Oliveira | 19/03/2019 10:41
Menina morreu com um tiro na cabeça na casa onde vivia com os pais em Mundo Novo  (Foto: Arquivo Pessoal)
Menina morreu com um tiro na cabeça na casa onde vivia com os pais em Mundo Novo (Foto: Arquivo Pessoal)

Os pais e a coordenação da Escola Adventista onde a criança de 11 anos morta com tiro na cabeça estudava devem ser ouvidos ainda nesta terça-feira (19) pela Polícia Civil do Mundo Novo, distante 476 quilômetros de Campo Grande. Segundo a delegada Allana Mariele Mazaro Zarelli, responsável pelo caso, o casal de amigos dos pais da o que estavam na casa minutos antes do fato também serão intimados.

A delegada disse que não pretende ouvir nenhum colega de sala da menina. "É muito chocante. Vou ouvir a coordenadora que tinha mais contato com ela. Quantos aos pais, vamos tentar ouvi-los ainda hoje. Ainda não sabemos se estão em condições de falar sobre o assunto ", explicou. 

Ontem (18), a escola decretou luto pela morte da menina. Não teve aula no colégio. A reportagem tentou falar com a direção sobre o assunto, mas foi informada para procurar a direção na Capital. A assessoria de imprensa ainda não se posicionou sobre o assunto. 

A Polícia Civil ainda aguarda autorização judicial para ter acesso ao conteúdo do celular e do computador da menina. Segundo testemunhas, ela mexia no aparelho minutos antes do tiro. No dia do caso, a mãe da menina contou à delegada, que mais cedo à filha assistia um desenho na sala de casa, mesmo ambiente em que ela e o marido recebiam um casal de amigos. 

A criança saiu brava da sala porque o barulho que os adultos faziam estava atrapalhando ela assistir o desenho. A menina, então, tomou banho e foi para o quarto. Sozinha, a criança ficou mexendo no celular, assistindo vídeos, até ter o aparelho tomado pela mãe. “A mãe foi ao quarto, tentou convencer a filha a voltar para a sala, mas a menina não quis e a mãe tomou o celular. Cinco minutos depois aconteceu a tragédia”, contou a delegada. 

A família não soube detalhar à polícia o que a criança assistia no aparelho e, por isso, o pedido para acesso do conteúdo foi feito a Justiça. A investigação busca esclarecer como o crime aconteceu, se alguém de alguma maneira auxiliou ou estimulou o suicídio. “Não é possível descartar, por exemplo, que foi um disparo acidental”.

Conforme a delegada, a pistola .40 usada pela menina é de uso pessoal do pai dela, que é subtenente da Polícia Militar. A arma estava guardada numa gaveta, que não ficava trancada, no mesmo cômodo onde ocorreu o disparo. À polícia, a mãe da menina afirmou que, mesmo sendo militar, o pai nunca ensinou a filha a manusear as armas que tinha em casa.

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