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Interior

Bloqueio que impede passagem de veículos é monitorado pelo Exército na fronteira

Apenas pedestres podem cruzar a ponte que liga a cidade de Corumbá à Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia

Tainá Jara | 23/10/2019 16:46
Caminhão atravessado na via e pedaços de madeira impedem passagem de veículos na fronteira Brasil/Paraguai (Foto: Dário Corumbaense)
Caminhão atravessado na via e pedaços de madeira impedem passagem de veículos na fronteira Brasil/Paraguai (Foto: Dário Corumbaense)

A rotina de brasileiros do município de Corumbá, distante 420 quilômetros de Campo Grande, também foi alterada pelos protestos contra o resultado parcial das eleições para presidente na Bolívia. Manifestantes bloqueiam a estrada que liga o município à Santa Cruz de La Sierra, há mais de 16 horas. Embora o protesto seja pacífico, veículos estão impedidos de cruzar a fronteira e o Exército Brasileiro monitora a situação.

Como apenas pedestres estão autorizados a cruzar a ponte entre as duas cidades, os servidores da Receita Federal foram até aduana apenas cumprir expediente. Praticamente nenhuma mercadoria passou pelo órgão durante esta quarta-feira.

Diferente das tropas bolivianas, o Exército Brasileiro apenas monitora a situação a distancia, mas não mantém equipes no local do bloqueio iniciado às 00h desta segunda-feira. Conforme os militares, o clima era de tensão na fronteira horas antes do bloqueio, no entanto, se manteve pacífico no decorrer do dia.

Os manifestantes utilizaram galhos, troncos, pneus e montes de terra para impedir a passagem de veículos nas estradas próximo a fronteira.

Eleições - Protestos foram verificados pela Bolívia desde a noite de segunda-feira depois da apuração dos votos apontarem a vitória do atual presidente, Evo Morales.

A confusão ocorreu porque após o fechamento das urnas, o Tribunal Eleitoral boliviano começou a contagem somando os votos registrados em atas, que traziam os totais de cada mesa, e contanto os votos um a um. Mas apenas os resultados do primeiro foram divulgados de início.

No fim da noite de domingo, com 89% das urnas apuradas por meio da contabilidade de atas, Evo tinha 45,7% contra 37,7% de Carlos Mesa, resultado que levaria para o segundo turno. A apuração foi suspensa.

Na segunda pela manhã, o tribunal informou que a apuração um a um apresentava resultado diferente e passou a considerar este como oficial. Com 95,22% das urnas apuradas, Evo foi anunciado vencedor no 1º turno com 46,86% dos votos, contra 36,73% de Mesa.

Para vencer a disputa no primeiro turno, Morales teria que conseguir 50% dos votos válidos mais um ou 40%, mas com pelo menos dez pontos a mais do que o segundo colocado. O segundo turno, caso ocorra, está marcado para 15 de dezembro.

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