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Interior

Brasileira sumida após ataque da guerrilha é encontrada a 40 km de fazenda

Josimeire estava em outra fazenda e ainda será ouvida sobre ataque que deixou marido dela morto

Helio de Freitas, de Dourados | 16/06/2021 09:14
Sargento José Félix López, mais conhecido como Puentesiño, onde ocorreu ataque (Foto: ABC Color)
Sargento José Félix López, mais conhecido como Puentesiño, onde ocorreu ataque (Foto: ABC Color)

Foi encontrada na noite de ontem (15) a brasileira Josimeire Vieira de Oliveira Lopes, 32, desaparecida após ataque de guerrilheiros à fazenda onde ela trabalha, na noite de sábado (12), na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.

De acordo com a imprensa paraguaia, Josimeire foi localizada em uma fazenda a 40 quilômetros do local do ataque promovido por oito homens armados e usando roupas camufladas. A suspeita é que a quadrilha faça parte de grupos guerrilheiros radicados na região norte do Paraguai.

Durante a invasão da propriedade, o marido de Josimeire, o também brasileiro Jonas Fernandes Alves, 38, foi ferido com tiro na barriga e morreu antes de ser socorrido. Outra mulher, identificada como Elis Regina de Lima, 38, levou tiro de raspão na cabeça e foi levada para o Hospital Regional de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS).

Josimeire desapareceu sábado após ataque de guerrilheiros (Foto: Arquivo)
Josimeire desapareceu sábado após ataque de guerrilheiros (Foto: Arquivo)

A Fazenda San Jorge, onde ocorreu o ataque, fica a 10 km do centro urbano de Sargento José Félix López, povoado paraguaio conhecido como Puentesiño. A cidade de sete mil habitantes fica a 71 km de Bela Vista (MS), mas em linha reta está situada a menos de 15 km do território sul-mato-grossense.

Após o ataque, familiares de Josimeire procuraram a Polícia Federal brasileira e informaram que ela estava desaparecida. Acionados pela PF, policiais paraguaios de Concepción começaram a investigar o caso e ontem à noite a localizaram na fazenda Chaparral.

Josimeire deve prestar depoimento ainda hoje à promotora de Justiça Leticia Del Puerto. A suspeita é que ela tenha sido levada pelos guerrilheiros e depois abandonada.

Ainda não há pistas se o ataque foi promovido pelo EPP (Exército do Povo Paraguaio), principal grupo terrorista presente na faixa de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Em oposição ao governo, a guerrilha de esquerda promove sequestros, assaltos e assassinatos há pelo menos 13 anos na região.

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