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Interior

Casa de vereadora é atingida por tiros de pistola na fronteira com o Paraguai

Polícia Civil abriu inquérito para investigar atentado ocorrido no início da noite de ontem; moradores não foram atingidos

Helio de Freitas, de Dourados | 25/08/2017 16:11
Vereadora Niágara Kraievski, de Coronel Sapucaia (Foto: A Gazeta News)
Vereadora Niágara Kraievski, de Coronel Sapucaia (Foto: A Gazeta News)

Tiros de pistola calibre 9 milímetros foram disparados em direção à casa da vereadora Niágara Patrícia Gauto Kraievski (PTC), em Coronel Sapucaia, a 400 km de Campo Grande. O atentado ocorreu na noite de ontem (24), segundo a Polícia Civil. A vereadora e seus familiares estavam na residência, mas ninguém foi atingido. A cidade é vizinha de Capitán Bado, no Paraguai, região dominada pelo narcotráfico.

O delegado da cidade, Fabrício Dias, disse ao Campo Grande News que, segundo testemunhas, os tiros foram disparados por dois homens em uma moto. “Passaram em frente, efetuaram os tiros e fugiram, possivelmente para o outro lado da fronteira”.

Segundo ele, quatro cápsulas deflagradas de pistola foram recolhidas no local. Os tiros foram disparados principalmente em direção à garagem da casa.

Fabrício Dias instaurou inquérito para investigar o caso e vai ouvir o depoimento da vereadora e de familiares. “A princípio ela disse não saber os motivos para o atentado”, informou.

Mais votada – Niágara Kraievski tem 34 anos, é comerciante e foi a vereadora mais bem votada em 2016, com 678 votos. A cidade é uma exceção entre os legislativos brasileiros, já que das nove cadeiras da Câmara de Vereadores, cinco são ocupadas por mulheres.

Coronel Sapucaia tem histórico de ligação de políticos com a violência que impera na região de fronteira. No ano passado, uma semana antes da eleição, o atual prefeito da cidade, Rudi Paetzold (PMDB), teve o carro cercado por pistoleiros em território paraguaio e foi ameaçado.

Uma semana depois, a polícia paraguaia prendeu como autor da emboscada o suplente de deputado do Partido Colorado do Paraguai Carlos Rubén Sánchez, o "Cicharon", mas ele ficou apenas um dia na prisão.

Apontado como grande narcotraficante da região, Cicharon tinha sido preso em Assunção, capital do Paraguai, ao visitar o narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, que cumpre pena naquele país.

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