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Interior

Cenário é de destruição na cidade onde tornado fez barco naufragar

Eduardo Penedo e Priscilla Peres, enviada especial a Porto Murtinho | 25/09/2014 00:35
Ruas estão fechadas em função de queda de árvores e parte da cidade está sem energia. (Foto: Marcelo Calazans)
Ruas estão fechadas em função de queda de árvores e parte da cidade está sem energia. (Foto: Marcelo Calazans)
Estrutura com a marca da prefeitura caiu a ventania(Foto: Marcelo Calazans)
Estrutura com a marca da prefeitura caiu a ventania(Foto: Marcelo Calazans)

O prefeito de Porto Murtinho, Heitor Miranda (PT), irá fazer uma reunião hoje (25), às 7 horas, para definir estratégias que serão adotadas em razão do tornado que deixou o município em situação de calamidade. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil recomendaram que as obras da prefeitura de Porto Murtinho sejam paradas imediatamente. “Até o momento não temos noção dos estragos. Temos que fazer um mapeamento, nem sabemos quantas pessoas estão desabrigadas”, avalia o prefeito. O cenário na cidade é de destruição.

A reportagem do Campo Grande News está em Porto Murtinho e desde a entrada da cidade é possível ver os estrados da tempestade. Árvores foram arrancadas e fecharam ruas, casas e comércios foram destelhados. Parte da cidade está sem energia. Na hora do evento, a temperatura registrada foi de 22 graus, sendo que às 15h foi registrada temperatura de 38 graus, uma queda de 16 graus.

No tornado registrado ontem (24), os ventos chegaram a 93km/h. Esse tipo de ocorrência só é formado quando há um tipo específico de nuvem, conhecida popularmente como funil de nuvem. O tornado tem, geralmente, cerca de 100 metros de espessura e se caracteriza pela formação de um corredor que não abrange quilômetros de extensão, mas causa muitos estragos.

Por causa do fenômeno, um barco-hotel com 27 pessoas a bordo virou no Rio Paraguai. Dois corpos foram resgatados e 13 pessoas estão desaparecidas, 10 delas turistas e os outros três tripulantes do navio. As buscas, assim como os trabalhos de levantamento dos prejuízos foram suspensos à noite e serão retomados amanhã cedo.

Outro caso - Em outubro de 2010 o mesmo fenômeno atingiu - em uma madrugada - uma chalana que estava no Rio Paraguai, perto do encontro com o Rio Apa, a 70 km da cidade.

Na ocasião, parte da embarcação ficou destruída, causando sérios prejuízos em equipamentos e televisores que ficavam nos quartos da chalana. Além disso, embarcações de apoio afundaram, como botes com motores que estavam atrelados.

Apesar de ter durado apenas um minuto, o tornado de 2010 causou pânico em um grupo de 13 empresários douradenses estavam na chalana.

Um empresário acabou ferido na perna e na cabeça e outro teve que ser removido em uma lancha de apoio até o Hospital de Porto Murtinho. Segundo o jornal Dourados Informa, no momento do episódio, os tripulantes disseram que o vento pode ter sido de mais de 100 km/hora.

Àrvores caídas são vistas por toda a cidade (Foto: Marcelo Calazans)
Àrvores caídas são vistas por toda a cidade (Foto: Marcelo Calazans)
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