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Interior

Com salário acima de R$ 40 mil, auditores são suspeitos de extorsão

Aline dos Santos | 17/02/2017 10:11
Gaeco fez operação Bolsão na última segunda-feira. (Foto: Divulgação)
Gaeco fez operação Bolsão na última segunda-feira. (Foto: Divulgação)

Com salário acima de R$ 40 mil, dois auditores fiscais são suspeitos de extorsão na região do Bolsão. Alvos de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), Stênio Ferreira Gonçalves e Abdir Oliveira Arantes foram ouvido pelo MPE (Ministério Público do Estado) após condução coercitiva na última segunda-feira (dia 13).

De acordo com o Ministério Público, ambos são suspeitos da prática dos crimes de associação criminosa, concussão (extorsão praticada por servidor público) e falsidade ideológica. Conforme consulta ao Portal da Transparência do governo do Estado, Stênio, lotado em Cassilândia, teve remuneração fixa de R$ 51 mil em janeiro deste ano. O valor é sem os descontos obrigatórios.

Lotado em Paranaíba, o auditor fiscal Abdir Oliveira Arantes teve remuneração fixa de R$ 45 mil em janeiro de 2017, valor sem as deduções obrigatórias.

No dia da operação, o MPE informou que as vítimas eram empresários que, a pretexto de terem reduzidas ou perdoadas dívidas junto ao fisco estadual, eram compelidos a pagar propina a auditores fiscais do Estado, que se valiam de terceiros e contadores para a exigência da propina.

A operação foi realizada em Cassilândia, Paranaíba, Chapadão do Sul e Aparecida do Taboado. Dentre os 16 mandados de busca e apreensão, foram alvos as Agências Fazendárias de Cassilândia e Paranaíba e a sede da Secretaria de Estado de Receita e Controle de Paranaíba. A operação Bolsão ainda teve quatro mandados de prisão temporária e seis de condução coercitiva (quando a pessoa é detida para prestar depoimento).

De acordo com a Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda), o governo solicitou oficialmente informações do procedimento e aguarda resposta. Os servidores podem ser alvos de procedimento administrativo disciplinar e de sindicância.

A reportagem entrou em contato com Abdir Arantes, que negou irregularidades. O Campo Grande News não conseguiu contato com Stênio Ferreira Gonçalves.

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