ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Interior

Convocado há três dias, vereador do DEM reassume mandato

Acusado de corrupção, Pedro Pepa compareceu hoje à Câmara de Dourados e assinou termo de recondução ao cargo

Helio de Freitas, de Dourados | 26/09/2019 15:46
Pedro Pepa na sessão do dia 19 de agosto; reconduzido pelo TJ, ele reassumiu hoje cadeira na Câmara (Foto: Divulgação)
Pedro Pepa na sessão do dia 19 de agosto; reconduzido pelo TJ, ele reassumiu hoje cadeira na Câmara (Foto: Divulgação)

O vereador Pedro Alves de Lima (DEM), o Pedro Pepa, reconduzido ao mandato pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul no dia 19 deste mês, reassumiu na manhã desta quinta-feira seu mandato na Câmara de Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Desde dezembro do ano passado, Pepa é investigado no âmbito da Operação Cifra Negra, que apura suposto esquema de corrupção no Legislativo douradense.

O democrata tinha sido convocado segunda-feira (23) junto com o vereador Cirilo Ramão (MDB), também alvo da mesma operação. Cirilo tomou posse no mesmo dia, mas Pepa adiou o retorno para hoje, temendo mais uma vez descumprir medidas cautelares determinadas pela Justiça. Foi por quebrar essas regras que os dois voltaram para a cadeia e foram afastados da Câmara, no final de agosto.

De manhã, o advogado dele, Fernando Baraúna Recalde, havia dito ao Campo Grande News que a defesa estudava procedimento que dê segurança ao vereador, já que o acórdão com detalhes do habeas corpus ainda não tinha sido publicado. Havia dúvida sobre a medida cautelar que manda os dois vereadores ficarem distantes dos investigados, pois os dois vão se encontrar semanalmente no plenário da Câmara.

Há pouco, Baraúna explicou que Pepa apenas assinou o termo de recondução ao cargo, as só deve comparecer às sessões da Câmara depois que o Poder Judiciário esclarecer quais são os limites do exercício do mandato.

O caso – Presos pela primeira vez em 5 de dezembro de 2018, os Pepa e Cirilo ficaram oito meses fora da Câmara e nesse período foram substituídos pelos suplentes Marinisa Mizoguchi (PSB) e Marcelo Mourão (PRP).

No dia 19 de agosto, após liminar do presidente do Tribunal de Justiça Paschoal Carmello Leandro suspender o afastamento, Pepa e Cirilo reassumiram, mas ficaram menos de duas semanas na Câmara.

Nove dias depois, o juiz de segundo grau do Tribunal de Justiça Lúcio R. da Silveira, relator do caso na 1ª Câmara Criminal, entendeu que a liminar de Carmello Leandro valia apenas para o processo cível e que na área criminal eles continuavam afastados.

No dia 29 de agosto, o juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados Alessandro Leite Pereira expediu mandado de prisão preventiva e novo afastamento de Pepa e Cirilo. Eles foram presos durante sessão da Câmara, no dia seguinte.

Dois dias depois, foram soltos por decisão monocrática do desembargador Divoncir Schreiner Maran, que manteve o afastamento de “qualquer espécie de função e cargo público até o final da instrução processual”.

Entretanto, no dia 19 deste mês o habeas corpus foi julgado pelos três desembargadores da 1ª Câmara Criminal e o afastamento caiu mais uma vez. O relator Lúcio da Silveira votou contra a recondução aos mandatos, mas os desembargadores Emerson Cafure e Elizabete Anache decidiram que Pepa e Cirilo deveriam reassumir suas cadeiras no Legislativo de Dourados.

Outro vereador implicado na Operação Cifra Negra, Idenor Machado (PSDB), pediu sexta-feira (20) ao TJMS a extensão do benefício do habeas corpus, mas o pedido ainda não foi analisado.

Nos siga no Google Notícias