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Interior

De barco, equipe inicia viagem para acompanhar cheia e situação de ribeirinhos

Operação também permitirá realizar monitoramento in loco do comportamento das águas

Danielle Valentim | 22/02/2018 17:48
Equipe vai verificar a situação de famílias ribeirinhas (Foto: Clóvis Neto/PMC)
Equipe vai verificar a situação de famílias ribeirinhas (Foto: Clóvis Neto/PMC)

Para acompanhar os efeitos da cheia na região do Pantanal de Corumbá, a 444 km de Campo Grande, e a situação das famílias ribeirinhas residentes às margens do rio Paraguai, equipes da Prefeitura iniciaram uma viagem nesta quinta-feira (22).

O grupo é formado por técnicos da Agência Municipal de Proteção e Defesa Civil e do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social Itinerante).

“Estabelecemos um cronograma para o Povo das Águas, que começa já no mês que vem atendendo a região do Taquari. Mas se houver necessidade, podemos fazer um remanejamento e iniciar o trabalho social pela Parte Alta do Pantanal. Isso vai depender do que for avaliado nessa expedição”, afirmou a secretária especial de Cidadania e Direitos Humanos, Beatriz Cavassa de Oliveira, responsável pelo programa.

A missão também vai identificar famílias em situação de extrema pobreza, com necessidades específicas e em condições de vulnerabilidade social. Dessa forma será possível auxiliar e atualizar o Programa de Atendimento Integral à Família, a ser levado a efeito pela citada Secretaria Municipal, em momento seguinte.

A Defesa Civil ainda vai realizar o recadastramento da população que habita naquela região das águas, cuja finalidade é também subsidiar preliminarmente, com informações seguras, a Coordenação do Programa Social “Povo das Águas”.

A operação também permitirá realizar o monitoramento in loco do comportamento das águas naqueles ambientes, considerando a inundação gradual atípica que se processa no rio Paraguai.

Inundação - A Defesa Civil está acompanhando a inundação gradual do rio Paraguai, que neste ano vem se desenvolvendo com algumas características incomuns, como por exemplo, a chegada antecipada das águas originárias do planalto, mais especificamente na região norte, onde nos últimos tempos tem havido uma precipitação pluviométrica constante e com acentuado volume.

“Acrescenta-se a essa dinâmica as precipitações pluviométricas, que também continuam persistindo no pantanal sul. Os tributários do rio Paraguai, como os rios Taquari, Miranda, Aquidauana, Negro e outros que estão tendo níveis expressivos, acabam também de algum modo influenciando e impactando a cheia nesse complexo pantaneiro”, afirmou o diretor-executivo da Defesa Civil, Isaque do Nascimento.

Nesta quinta-feira, o nível do rio Paraguai, na régua de aferição do Serviço de Sinalização Náutica do Oeste, é de 3,58 metros, ou seja, 1,56 metro acima de sua cota normal. No ano passado, na mesma data, o nível do rio Paraguai era de 1,98 metro, de acordo com o mesmo órgão. Contudo, a cota do rio ainda não atingiu o seu nível de alerta, que é de 4 metros.

“Em ocorrendo desse estágio, esta Agência Municipal de Proteção e Defesa Civil, emitirá um Boletim de Alerta de Risco, com o objetivo de subsidiar ações de proteção ambiental, o manejo campestre, as atividades econômicas ativas no complexo pantaneiro e programação regional das comunidades tradicionais”, informou Isaque Nascimento.

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