ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Interior

Doleiro ligado a traficantes da fronteira também vai para prisão domiciliar

STJ concedeu benefício a Dario Messer após defesa do chamado “doleiro dos doleiros” alegar que ele faz parte do grupo de risco

Helio de Freitas, de Dourados | 07/04/2020 15:15
O doleiro Dario Messer no dia em que foi preso em São Paulo, em julho do ano passado (Foto: Divulgação)
O doleiro Dario Messer no dia em que foi preso em São Paulo, em julho do ano passado (Foto: Divulgação)

Conhecido como “doleiro dos doleiros” e com estreita ligação com traficantes, políticos paraguaios e empresários da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, Dario Messer vai ficar em prisão domiciliar. O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ (Superior Tribunal de Justiça STJ), concedeu o benefício nesta terça-feira hoje (7) e o doleiro deve deixar nas próximas horas a cadeia no Rio de Janeiro para ficar em casa, monitorado por tornozeleira eletrônica.

Para conceder o benefício, o ministro levou em conta alegação da defesa de que Messer está no grupo de risco para a Covid-19 por ter 61 anos de idade, ser hipertenso e fumante. Segundo os advogados, ele tem “problemas de saúde que necessitam de acompanhamento médico constante”. A prisão domiciliar já tinha sido concedida no mês passado pelo juiz federal Marcelo Bretas, mas foi suspensa pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região.

Amigo pessoal e sócio do ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes, Messer é apontado como responsável em lavar dinheiro para grandes traficantes da Linha Internacional.

Em novembro do ano passado, o pecuarista de Ponta Porã Antonio Joaquim da Mota foi preso na Operação Patron, desdobramento da Lava Jato, acusado de fazer parte da rede de proteção ao doleiro no período em que ele esteve foragido da Justiça brasileira.

Na mesma operação, o juiz Marcelo Bretas decretou a prisão preventiva de Horacio Cartes e do dono do Shopping China, Felipe Cogorno Alvarez, mas os mandados nunca foram cumpridos, já que eles estão em território paraguaio.

Nos siga no Google Notícias