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Interior

Dono de depósito de recicláveis vai responder por tráfico em liberdade

Carlos Roberto dos Santos, negou que tanto ele ou os suspeitos sabiam da existência da maconha escondida em meio à fardos de plástico reciclável.

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 25/04/2018 19:02
Carlos (de boné) saindo da delegacia com seus advogados, esta tarde (25). (Foto:Adilson Domingos)
Carlos (de boné) saindo da delegacia com seus advogados, esta tarde (25). (Foto:Adilson Domingos)

Carlos Roberto dos Santos, 44 anos, dono do depósito onde dez pessoas foram presas, nesta terça-feira (24), negou que tanto ele ou os suspeitos sabiam da existência da maconha escondida em meio aos fardos de plástico reciclável. Ele se apresentou esta tarde (25) a polícia de Dourados, cidade a 233 quilômetros de Campo Grande. Mas irá responder em liberdade pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas.

Foram encontradas duas toneladas de maconha, durante a abordagem dos policiais militares. Aos investigadores, o comerciante contou que os fardos de plástico prensado onde estavam a droga, chegaram ao seu estabelecimento na Rua Dom João VI, no Jardim Guanabara, na última segunda-feira (23). O fornecedor, identificado apenas como João Antônio, seria de Ponta Porã e teria retornado à cidade, depois de descarregar o material. No mesmo dia, o motorista Walter Marcelo Demeu, 42, também carregou a droga para sair no dia seguinte com destino a uma empresa em São Paulo.

“Ele apenas comprou a carga fechada e do jeito que comprou, apenas carregou no outro caminhão. Ele não tinha conhecimento de que existia droga no carregamento”, comentou o advogado do comerciante, Rubens Saldivar. Ainda conforme a defesa a carga teria sido adquirida por R$ 7,5 mil e seria revendida por R$ 15 mil em São Paulo.

O comerciante seria era fornecedor frequente da empresa e apresentou notas fiscais que compravaram transações anteriores. Carlos ainda ressaltou que tanto ele ou os outros suspeitos, não sabiam que a droga estava escondida no carregamento. Inclusive, que os presos Deivid Santos Marques, 30, e Maicon Michel dos Santos, 27, seriam seus enteados e estavam apenas passeando na empresa. O comerciante foi liberado pela polícia por não ter sido preso em flagrante, mas os outros dez suspeitos seguem detidos.

A operação – A operação para desmantelar a quadrilha começou ainda na noite de segunda-feira (23), quando policiais do serviço de inteligência começaram a monitorar o caminhão Mercedes Benz azul, carregado com plástico para reciclagem. Com a carga coberta por lona preta, o caminhão estava estacionado na Rua Monte Alegre, no Jardim Ouro Verde, na região onde funciona o depósito. 

Às 3h, o motorista, Walter, assumiu a direção para iniciar viagem rumo a São Paulo e foi abordado pelos policiais. Com o uso de cães farejadores, os agentes descobriram que havia droga escondida na carga de plástico reciclável. O caminhão foi encaminhado para o 3º Batalhão da Polícia Militar. Uma equipe do canil da Polícia Federal foi chamada e o cão também indicou a presença de droga.

Entre os fardos de plástico prensado os policiais perceberam que havia uma grande quantidade de maconha em pacotes. Cada pacote tinha uma sequencia de letras, indicando que seriam as iniciais dos compradores da droga. Descoberto, o motorista contou que a carga tinha saído do depósito de recicláveis localizado na Rua Dom João VI, onde a polícia localizou o segundo caminhão que levaria maconha para Campo Grande.

Além de Walter, Deivid e Maicon também foram autuados em flagrante por tráfico de drogas Marlon Daniel Ferreira de Oliveira, 18, Gilmar Pinheiro Rojas, 35, Elecir Belini da Silva, 38, que seria sócio do esquema, Miguel Augusto Souza dos Santos, Almir Rogério Balbo, 29, e Pâmela Helen dos Santos, 24.

Tatiane Almeida de Oliveira, 25, namorada de Elecir, foi autuada apenas por posse de munição, já que com ela e com o namorado foram encontradas 21 munições de pistola calibre 40, um carregador do mesmo calibre e duas munições calibre 22.

(Colaborou Adilson Domingos)

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