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Interior

Em crise, comerciantes paraguaios protestam para cobrar ajuda do governo

Sem vender para turistas estrangeiros, lojistas de cidades da fronteira voltaram às ruas ontem

Helio de Freitas, de Dourados | 14/07/2020 08:18
Em Pedro Juan Caballero, trabalhadores apoiaram protesto de comerciantes (Foto: Marciano Candia)
Em Pedro Juan Caballero, trabalhadores apoiaram protesto de comerciantes (Foto: Marciano Candia)

A crise causada pela pandemia do novo coronavírus ameaça a sobrevivência de cidades paraguaias que antes eram paraísos para compras de importados por brasileiros e argentinos. Com a fronteira fechada desde março, os comerciantes não podem vender para os turistas estrangeiros e o consumidor paraguaio não tem dinheiro suficiente para movimentar a economia.

Nesta segunda-feira (13), empresários e trabalhadores se uniram em protesto registrado em pelo menos quatro cidades paraguaias – Encarnación, na margem do Rio Paraná, na fronteira com a Argentina, em Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu (PR), e Salto del Guairá e Pedro Juan Caballero, as duas vizinhas de Mato Grosso do Sul.

Em Pedro Juan Caballero, cidade-gêmea de Ponta Porã (MS), os comerciantes esperam desde junho autorização do governo brasileiro para fazer entrega de mercadorias na Linha Internacional.

A proposta foi aceita pelo governo do Paraguai, mas a Receita Federal do Brasil afirmou que a fronteira fechada pelo país vizinho impede a declaração das compras e qualquer produto entregue na fronteira seria considerado ilegal. O caso foi apresentado ao Itamaraty, mas ainda não há resposta.

Pelo menos mil veículos participaram do protesto em Pedro Juan Caballero, onde a crise ameaça a sobrevivência de cinco mil empresas. As lojas voltaram a funcionar no dia 25 de maio, mas faltam compradores. Sem os turistas brasileiros, os dois maiores shoppings de importados da cidade – China e Planet Outlet – permanecem fechados.

Em Salto del Guairá, perto de Mundo Novo (MS), os comerciantes  cobraram do governo paraguaio um plano para reativação da economia da fronteira, totalmente dependente dos turistas brasileiros.

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