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Interior

Em greve há quatro dias, servidores da UFGD fazem piquenique em praça hoje

Paralisação ao governo por congelamento dos gastos começou segunda e pode prejudicar alunos no início do segundo semestre

Helio de Freitas, de Dourados | 28/10/2016 09:57
Servidores da UFGD estão em greve desde segunda-feira (Foto: Divulgação)
Servidores da UFGD estão em greve desde segunda-feira (Foto: Divulgação)

Em greve há quatro dias, técnicos administrativos da UFGD (Universidade Federal a Grande Dourados) fazem um piquenique às 16h de hoje (28) na Praça Antonio João, área central de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. O comando de greve pediu que os funcionários levem lanche, cadeiras e tereré para a praça, para comemorar o Dia do Servidor.

A greve é um protesto dos servidores da maior universidade pública do interior de Mato Grosso do Sul à PEC 241, já aprovada em segunda votação na Câmara dos Deputados e que ainda será votada no Senado.

A proposta, encaminhada pelo governo Michel Temer, limita os gastos federais e pode deixar servidores sem reajuste, além de reduzir concursos públicos. A greve dos técnicos administrativos das universidades federais ocorre em todo o país.

“Essa PEC não é simplesmente o congelamento dos gastos públicos. É a própria redução dos serviços públicos gratuitos existentes, como saúde, educação e assistência social, que hoje são disponibilizados para a população”, afirma o comando de greve.

Cleiton Rodrigues, coordenador geral do sindicato dos administrativos da UFGD, disse que a greve pode afetar o início do segundo semestre letivo, que ocorre no dia 3 de novembro. Por causa da greve de administrativos e professores, no ano passado, o calendário acadêmico está atrasado.

“O vestibular não deve ser afetado, pois a universidade contrata várias pessoas de fora para aplicação das provas. O que pode ocorrer é atrasar a matrícula agora para o segundo semestre. Embora a matrícula seja online, os acadêmicos não podem ter pendências alguma no sistema”, afirmou Cleiton.

Dos mil servidores que trabalham na universidade e no HU (Hospital Universitário), pelo menos 30% aderiram à greve, que afeta acesso e assistência nos laboratórios, empréstimos nas bibliotecas e solicitações de documentos nas secretarias.

Para a população, a paralisação restringe o atendimento em geral de informações e até de solicitação de serviços. “Também pode impactar no atendimento no HU, principalmente novas internações e cirurgias eletivas”, afirmou Cleiton Rodrigues.

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