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Interior

Em sobrevoo, polícia vê estrago deixado por traficantes em parque ambiental

Clareiras abertas em área de preservação na fronteira servem para plantio de maconha

Helio de Freitas, de Dourados | 06/07/2020 16:51
Agente da Senad paraguaia corta pés de maconha em lavoura no meio da mata (Foto: Divulgação)
Agente da Senad paraguaia corta pés de maconha em lavoura no meio da mata (Foto: Divulgação)

Plantadores de maconha estão destruindo a Reserva Natural Morombí, localizada entre os departamentos de Canindeyú e Caaguazú, na faixa de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. O parque ambiental tem pelo menos 25 mil hectares de vegetação nativa, mas do alto parece queijo suíço de tantos furos abertos na mata para cultivo da erva.

Sobrevoo de helicóptero feito pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai durante a Operação "Caaguazú - Canindeyú II", que já dura uma semana, mostra as clareiras abertas pelos traficantes.

Veja o vídeo:

Nesta segunda-feia (7), a Senad informou que pelo menos 401 toneladas de maconha já foram destruídas em seis dias da operação. O prejuízo estimado para os traficantes é de 12 milhões de dólares.

De acordo com a Senad, que é treinada e equipada pela DEA, a agência norte-americana de combate às drogas, o parque ambiental está sendo “severamente afetado” pelos traficantes. Para cultivar maconha e instalar os acampamentos usados para processar e embalar a droga, os criminosos derrubam a mata e colocam fogo na madeira.

Desde o início da operação já foram destruídos 131 hectares de lavouras de maconha e 47 acampamentos. Também foram queimados 8,1 mil quilos de maconha picada e 32 prensas rústicas de madeira usadas para compactar a droga, mas ninguém foi preso. A operação continua nesta semana.

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