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Interior

Em um mês, agentes encontram armas, celulares e 60 litros de bebida em presídio

Novo diretor de penitenciária diz que internos do maior presídio do interior são “criativos” para fabricar armas e bebida artesanal

Helio de Freitas, de Dourados | 14/10/2015 16:03

Armas, celulares, carregadores e até bebida artesanal estão entre os produtos apreendidos pelos agentes da Penitenciária Estadual de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. Um balanço das apreensões feitas no presídio de 8 de setembro a 9 de outubro foi divulgado nesta quarta-feira (14) pela Apegen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

Relatório apresentado pelo diretor José Nelson Amaral de Oliveira, que assumiu a direção do presídio exatamente no dia 8 do mês passado, no intervalo de 31 dias foram localizados pelos agentes penitenciários 14 celulares, cinco carregadores, 14 chips, dois cartões de memória dois fones de ouvido, um cabo USB, além de uma serra com 4 centímetros. Os agentes também aprenderam 1,155 gramas de maconha.

Entre as principais apreensões feitas durante o mês estão 21 facas e uma lança artesanais, confeccionadas pelos internos com ferros retirados da estrutura do próprio presídio. “Estamos em monitoramento constante para que novas armas não sejam feitas por eles”, afirmou Oliveira, destacando que a ação pontual contribui para reforçar a segurança no local.

Alambique – Também foram apreendidos 60 litros de bebidas artesanais, produzidas com restos de alimentos em um “alambique” improvisado com marmitas. “A criatividade dos detentos é muito grande, mas estamos atentos”, disse o diretor.

Segundo ele, as apreensões ocorreram durante revistas de rotina feitas pelos agentes penitenciários em celas, solários e demais espaços do presídio, bem como em pessoas que foram à unidade para visitas. “É resultado de um trabalho diário, não envolveu uma operação pente-fino maior. Esses úmeros demonstram o comprometimento da equipe, somado ao profissionalismo e entrosamento dos servidores”.

O diretor-presidente Agepen, Ailton Stropa Garcia, reforça de que há constante preocupação em coibir o ilícito na PED, aumentando a segurança dos agentes penitenciários no trabalho e diminuindo as chances de ocorrências de motim. “O que chamou bastante a nossa atenção nessas apreensões registradas foi o tamanho das facas, e até uma lança, apreendidas com os presos, utilizando de muita criatividade; isso não pode, em hipótese nenhuma, ser tolerado”.

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