ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 22º

Interior

Escolas suspendem aulas e bancos abrem mais tarde

Servidores e bancários se concentram na Praça Antônio João para manifestação contra retirada de direitos sociais

Helio de Freitas, de Dourados | 10/08/2018 08:49
Professores e sindicalistas concentrados na Praça Antônio João, em Dourados (Foto: Divulgação)
Professores e sindicalistas concentrados na Praça Antônio João, em Dourados (Foto: Divulgação)

A maioria dos 50 mil alunos de escolas públicas de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, não tem aula nesta sexta-feira (10), no “dia do basta”, convocado em todo o país pelas centrais sindicais para protestar contra a retirada de direitos sociais.

Outro setor afetado pela manifestação é a rede bancária. A abertura das agências da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul será retardada em uma hora e o expediente ao público começa às 11h.

Sindicalistas e educadores estão concentrados na Praça Antônio João, onde acontece um ato com protesto e distribuição de panfletos para conscientizar a população. Às 15h tem atividades conjuntas entre educadores no centro de convivência da UFGD, na unidade II.

Os educadores protestam contra mudanças na Base Comum Curricular. “A ideia do governo é uma tentativa desesperada de dirimir as enormes resistências encontradas à proposta encaminhada ao Conselho Nacional de Educação, órgão recomposto artificialmente, em 2016, para obter maioria nas votações”, afirma o sindicato dos professores de Dourados.

A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) considera a proposta “instrumento para operacionalizar a reforma do ensino médio, aprovada por um governo sem legitimidade e que negou a oportunidade de debate público ao encaminhar a reforma ao Congresso na forma da Medida Provisória 746/2016”.

Para os educadores, a reforma do ensino médio impõe enormes retrocessos à categoria e à sociedade brasileira. “De um lado, fomenta a privatização da educação básica, repassando para o setor privado os currículos flexíveis, especialmente da educação técnica-profissional, que deverá ser a mais explorada pelos sistemas e redes de ensino do país”, afirma o Simted.

A proposta também cria, segundo o sindicato, um “apartheid socioeducacional”, instituindo escolas para ricos e classe média alta – com currículos ‘à la carte’, em que empresários poderão cobrar por disciplinas fora das 1.800 horas obrigatórias da Base Comum Curricular – e escolas para pobres e classe média baixa, com currículos limitados às 1.800 horas e com apenas duas disciplinas obrigatórias (português e matemática).

Bancários – Em Dourados, os bancários aproveitam para protestar contra a falta de acordo com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). A proposta apresentada até agora foi rejeitada e nova rodada de negociação está agendada para o dia 17 deste mês em São Paulo.

O Sindicato dos Bancários de Dourados e Região afirma que a proposta dos bancos não contempla aumento real nos salários nem garantem direitos estabelecidos na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), que termina no dia 31 de agosto.

Nos siga no Google Notícias