Estudante sequestrada seria levada para fazer filmes pornográficos na Colômbia
Polícia boliviana trata o caso como tráfico de pessoas
A universitária brasileira Vandrielly Recalde, 18 anos, sequestrada na saída da faculdade na quinta-feira (26) em Corumbá - distante 419 km de Campo Grande, revelou que os sequestradores tinham a intenção de levá-la para a Colômbia, para fazer filmes pornográficos.
“Eu estava correndo da chuva, quando eles chegaram e me pegaram a força. Estavam com uma faca e então pediram para ir até a caminhonete. Passamos pela fronteira, eu estava assustada, mas não podia fazer nada. Era ameaçada a todo momento e os dois diziam que eu era a mulher perfeita para fazer filme pornô na Colômbia. Eles disseram ainda que me levariam para esse país”, contou a jovem em entrevista ao site Folha MS.
A jovem relatou que que estava bem, mas assustada com a situação. Segundo a universitária, por volta das 18h30 da quinta-feira, ela foi abordada por dois homens armados com faca na frenta da universidade, localizada na rua Dom Aquino. Ela foi colocada em uma caminhonete preta e, após chegar na cidade boliviana de Puerto Suarez, lutou com os homens para se defender de estupro.
Ela disse que acertou um chute no rosto de um dos homens e foi arremessada para fora do veículo, quando conseguiu fugir para o Terminal Rodoviário, onde pediu ajuda à polícia.
Tráfico de pessoas - A polícia boliviana acredita que o caso é um sequestro para tráfico de pessoas. Durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (30) o comandante da Polícia de Puerto Suarez, Donato Herrera, relatou que o caso será tratado como tráfico de pessoas, de acordo com informações do site Folha MS.
“Ela foi encontrada sozinha, sem ninguém. Segundo as investigações, são diferentes hipóteses. Polícia de Santa Cruz, tem mais informações sobre esse caso. Recebemos algumas pessoas por parte da jovem, mas não registramos denúncia em Porto Suarez, já que o crime aconteceu em Corumbá, onde devem ser conduzidas as investigações”, explicou o comandante.
O comandante afirmou ainda que apesar do crime ter acontecido do lado brasileiro, a Policia da fronteira vai dar suporte nas investigações sobre o sequestro.
“O crime não tem fronteira. Ela foi desaparecida no Brasil, e encontrada em Santa Cruz, onde as autoridades também irão investigar o caso. Fizemos a nossa parte até aonde foi permitido, seguindo as normas desse país”, completou o comandante.